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Top 10 Melhores Jogadores da História das Irlandas

10 - Paul McGrath: Filho de mãe irlandesa e pai nigeriano, nasceu na Inglaterra. Dias antes de seu nascimento, sua mãe viajou para uma cidade próxima a Londres, pois sua gravidez era fruto de um adultério e ela não queria que seu marido e sua família descobrissem, já que era provável que a criança fosse negra. O pai de Paul desapareceu logo após seu nascimento, e o garoto rodou por orfanatos de Londres e Dublin. Começou a jogar futebol nas categorias de base do Pearse Rovers, mas profissionalizou-se em 1981, atuando pelo ST Patrick's Athletic. Mostrando muita qualidade técnica, força e poder de marcação, o jovem zagueiro recebeu o prêmio de melhor jogador da Campeonato Irlandês, marcando quatro gols em 27 partidas. No ano seguinte, foi contratado pelo Manchester United, que já tinha Alex Ferguson como técnico. McGrath agradou o treinador, que decidiu improvisá-lo como volante. O sucesso foi gigantesco e o irlandês conquistou a torcida com suas antecipações aos atacantes e sua vitalidade. Conquistou o título da F.A. Cup em 1984, mas com a chegada de bons meias e a consequente mudança do esquema tático, foi recuado novamente para a defesa neste ano. Seguidas lesões graves no joelho e problemas com o alcoolismo, atrapalharam a carreira de Paul, que desligou-se dos Red Devils em 1989. Seu próximo clube foi o Aston Villa, onde obteve seu melhor momento da carreira. Chegou a ser apelidado de "Deus" pelos torcedores do Villa, comandando o meio campo da equipe que chegou a ser vice campeã da Premier League na temporada 1992/1993. Mesmo assim, teve alguns problemas com bebidas alcoólicas novamente. Em fim de carreira, jogou uma temporada pelo Derby e outra pelo Sheffield. Pela seleção Irlandesa, Paul foi um grande ídolo. Disputou a Euro de 1988 e as Copas do Mundo de 1990 e 1994. Em 83 internacionalizações, anotou oito gols.


9 - Shay Given: Apesar da pouca estatura para goleiro, 1,82m, Given é um "gigante" em baixo das traves. Com uma boa saída, reposições rápidas e de qualidade, além de muita elasticidade, é ídolo de diversos clubes britânicos, assim como da Seleção Irlandesa, pela qual disputou 133 jogos, a Copa do Mundo de 2002 e a Euro de 2012. Ingressou no Celtic aos catorze anos de idade, ficando três anos na base do time escocês. Em 1994, foi contratado pelo Blackburn, onde teve poucas oportunidades e acabou sendo emprestado para Swindon Town e Sunderland, tendo boas atuações neste último. Na temporada 1997/1998, Given foi contratado pelo Newcastle, onde tornou-se uma lenda viva. Jogou por doze anos no clube, tornando-se o jogador com o maior número de atuações, 462 partidas disputadas. Foi idolatrado pela torcida e teve uma memorável temporada 2001/2002, quando recebeu o prêmio de melhor goleiro da Premier League (feito repetido pelo irlandês na temporada 2005/2006). Com o fim de seu contrato com o Newcastle, assinou pelo Manchester City, tendo dois bons anos. Em seguida, jogou por Aston Villa e Middlesbrourg. Atualmente, com 39 anos, Shay é o goleiro reserva do Stoke City, mas sempre que entra em campo mostra ainda estar em boa forma.


8 - Niall Quinn: Com 1,93m, esse atacante era perigo constante na área adversária. Quinn tinha um excelente domínio e controle de bola, assim como uma ótima finalização com as duas pernas e a com a cabeça. Também sabia jogar como um camisa 10 quando necessário, e só não decolou nesta função porque não era veloz. Até completar dezesseis anos, quando ingressou no futebol, Niall era jogador de futebol gaélico, esporte comum na Irlanda e que é uma mistura de rugbi com handebol e futebol. Por mostrar muito talento com a bola nos pés, foi contratado pelo Arsenal em 1983, integrando o time principal após apenas um ano de base. Fez boas temporadas pelo clube londrino, mas teve fortes concorrentes na posição, ficando no banco de reservas a maior parte dos sete anos de atuações pelos "Gunners". Venceu uma Copa da Inglaterra pelo Arsenal. Em 1990, transferiu-se para o Manchester City, que na época era um time médio na Inglaterra. Logo em sua primeira temporada, marcou 22 gols e ganhou a confiança da torcida. Em cinco anos nos "Citzens", Quinn anotou 66 gols e completou mais de 200 partidas. Apesar de ter uma boa passagem pelo clube, ficou muito tempo parado por romper os ligamentos de seu joelho, motivo que culminou em seu fim de contrato com o clube de Manchester em 1996. Em seguida, assinou com o Sunderland, onde tornou-se um dos maiores ídolos da história do clube. Foram seis anos de belíssimos gols e muita raça nos "Black Cats". Niall foi o grande nome do time na conquista da segunda divisão inglesa da temporada 1998/1999. Conseguiu manter o clube na Premier League até sua despedida dos gramados, no ano de 2002. Pela Seleção Irlandesa, Quinn disputou as Copas de 1990 e 2002, perdendo a edição de 1994 pela lesão citada anteriormente. Marcou 21 gols em 91 jogos pelos "Greens". Continuou no Sunderland após terminar sua carreira, sendo presidente do clube por cinco anos e dirigente logo em seguida. Também participa como comentarista em alguns canais de televisão. 


7 - Denis Irwin: Polivalente, exercia todas as funções defensivas possíveis, atuando como zagueiro, volante e lateral. Foi um jogador de muita raça, bom desarmador, tinha passes precisos e ainda sabia bater faltas. O que mais impressionava era sua obediência tática, fazendo exatamente tudo o que seu treinador desejava, em qualquer posição. Assim como Niall Quinn, Irwin começou no futebol gaélico, sendo inclusive companheiro de equipe do atacante. Chegou ao futebol inglês em 1983, assinando contrato com o Leeds. Após três temporadas de atuações regulares na segunda divisão, trocou de clube, indo para o Oldham Athletic. Tendo mais oportunidades e competições mais notáveis para jogar, Denis destacou-se por sua vontade e por fazer inúmeras funções em campo. Alex Ferguson ficou admirado com o irlandês e levou-o para o Manchester United em 1990. Foram doze anos nos "Red Devils", conquistando todos os títulos possíveis, entre eles a Premier League por sete vezes, três Copas da Inglaterra, a UEFA Champions League 1998/1999 e o Mundial de Clubes de 1999. Esteve em campo 368 vezes, marcando 22 gols em sua passagem pelo United. Já no fim de sua carreira, atuou por duas temporadas no Wolverhampton, onde conquistou a terceira divisão inglesa. Pela Seleção Irlandesa, jogou a Copa de 1994, marcou quatro gols e teve 56 internacionalizações. Hoje em dia, Irwin trabalha como comentarista em uma TV inglesa.


6 - David O'Leary: Zagueiro, destacava-se pelo ótimo posicionamento, a técnica e a marcação. Apesar de ter nascido em Londres, é filho de pais irlandeses e viveu toda sua infância em Dublin, mudando-se para a capital da Irlanda aos três anos de idade. Apaixonado por futebol desde pequeno, foi aprovado nas categorias de base do Arsenal logo aos quinze anos, e dois anos depois já estava integrando o elenco principal. Foram vinte anos de serviços prestados no clube Londrino, faturando dois títulos da FA Cup e da Copa da Liga, além do Campeonato Inglês 1988/1989 e 1990/1991. Quebrou muitos recordes atuando pelos Gunners, mas o mais notável é o de jogador com maior número de partidas pelo clube, 722. Aos 35 anos, assinou contrato com o Leeds, onde disputou suas duas últimas temporadas da carreira, que foi encerrada por uma séria lesão no tendão de aquiles em 1995. Continuou no clube como auxiliar técnico de George Graham, até este ser demitido em 1998. Recebeu toda a confiança do Leeds e foi nomeado o treinador do time por quatro anos. Em seguida, foi técnico de Aston Villa e Al-Ahli, deixando o time árabe em 2011. Pela Seleção Irlandesa, David disputou a Copa do Mundo de 1990, marcando seu nome na história de seu país ao anotar o gol de pênalti que classificou a equipe para as quartas de final da competição. Em 68 jogos, balançou as redes apenas uma vez.


5 - Patrick "Pat" Jennings: Detentor de inúmeros recordes, como o de jogador que mais vestiu a camisa da Seleção Norte Irlandesa, jogador que mais disputou eliminatórias para Copas, foram seis, e o de goleiro mais velho a jogar uma Copa do Mundo. Era uma "muralha" embaixo das traves, mostrando muita elasticidade e velocidade. Costumava fazer grandes milagres com a mão trocada. Logo aos quinze anos de idade, destacou-se nas categorias de base do time irlandês Shamrock Rovers. Jogou futebol gaélico por um tempo, mas retornou ao seu país natal para jogar no Newry Town, e aos dezoito anos foi para a Inglaterra jogar no Watford. Após ter excelente performances na temporada 1963/1964, jogando na terceira divisão, foi contratado pelo Tottenham. Nos treze anos que jogou pelo Spurs, Pat viveu o auge de sua carreira, conquistando duas vezes a Copa da Liga, uma Copa da Inglaterra e uma Copa da UEFA. Foi eleito o melhor goleiro do ano na Inglaterra em 1973 e o melhor jogador do Campeonato Inglês de 1976. "Big Pat", como era conhecido, marcou um gol na sua carreira, e foi logo na final da Supertaça da Inglaterra, quando deu um forte chute de sua área e a bola ganhou uma velocidade incrível, encobrindo o adversário. Trocou o Tottenham pelo seu maior rival, o Arsenal, no ano de 1977. Apesar de já ter uma idade avançada, brilhou pelos Gunners, sendo considerado um dos dez maiores jogadores da história do time. Em oito anos no clube, venceu a Copa da Inglaterra de 1979. Ao completar 40 anos de idade, Jennings retornou ao Tottenham, mas mesmo em boa forma, ficou no banco uma temporada inteira e deixou o clube para jogar sua última temporada no Everton, aposentando-se em 1986. Pela Seleção da Irlanda do Norte, Patrick disputou 119 jogos, sendo o grande líder dos grupos que disputaram as Copas de 1982 e 1986. Fora dos gramados, foi treinador de goleiros dos Spurs em 1983.


4 - Liam Brady: Um meia genial. Com sua perna canhota marcava muitos golaços, dava passes primorosos aos companheiros e dribles desconcertantes. Após disputar torneios amadores na Irlanda, chegou à base do Arsenal em 1971, tendo apenas quinze anos. Foi promovido ao grupo principal dois anos depois e lançado aos poucos no time titular. Brady brilhou nos Gunners e foi o grande jogador do título da FA Cup 1979. Após uma excelente exibição diante da Juventus, o técnico italiano Giovani Trapattoni ficou encantando com o irlandês, e resolveu investir na contratação do meia para próxima temporada. A Juventus estava há duas temporadas sem títulos e com Liam no time foram dois Scudettos consecutivos (1980/1981 e 1981/1982). Trocou o time de Turim pela Sampdoria na temporada seguinte, repetindo as boas atuações, porém sem títulos. Jogou também na Inter de Milão e no Ascoli na Itália. Já no fim de sua carreira, retornou para a Inglaterra para defender o West Ham. Conviveu com lesões, rebaixamento e acesso no ano seguinte, despedindo-se dos gramados em 1990. Pela Seleção Irlandesa, Brady não teve a oportunidade de disputar nenhuma Copa do Mundo, já que o país classificou-se justamente no ano em que parou, mesmo assim é considerado um dos melhores jogadores que já vestiram a camisa verde e branca. Em 72 jogos, marcou nove gols. Liam foi técnico de Celtic e Brighton, além de coordenador de bases do Arsenal. Seu último trabalho de treinador foi como auxiliar de Trapattoni na Seleção Irlandesa de 2008 até 2010. Atualmente é comentarista do canal de TV RTE Sport.


3 - Roy Keane: Eis o jogador mais vitorioso do futebol irlandês. Volante de muita raça, Roy era conhecido pelo grande poder de marcação, pelos bons passes, pela facilidade que tinha em aproveitar os espaços do campo e até por sua agressividade. Desde pequeno, Keane era um adorador de esportes, e dividiu suas atenções com o boxe e o futebol. Teve grande destaque nos dois, mas foi obrigado a escolher apenas um para seguir adiante, e a paixão pela bola falou mais alto. Assinou seu primeiro contrato com o Cobh Ramblers, pequeno clube irlandês. Por não ser brilhante tecnicamente, quase foi dispensado pelo time, mas sua força de vontade o fez evoluir de maneira surpreendente, e em 1990 foi contratado pelo Nottingham Forest. Após um começo com alguns erros, foi amadurecendo e conquistou sua titularidade no primeiro ano no clube. Em 1992, Roy era o grande destaque do Forest, conquistando a torcida com sua disposição em campo e chamando a atenção dos maiores clubes ingleses. Com o rebaixamento de sua equipe para a segunda divisão,  uma clausula na qual ele se desligaria do time foi ativada e ele assinou um pré-contrato com o Blackburn. Com o atraso dos documentos para fechar a contratação, Alex Ferguson pediu pra que o Manchester preparasse a documentação e uma proposta melhor para Keane. O volante mudou de ideia e assinou com o Manchester United em 1993. Roy foi um dos maiores ídolos dos "Red Devils" nos doze anos em que atuou pela equipe, conquistando dezessete títulos: a Premier League sete vezes, a Copa da Inglaterra e a Copa da Liga inglesa em quatro oportunidades cada uma, A UEFA Champions League 1998/1999 e, consequentemente o Mundial de clubes no final do ano de 1999, marcando o gol da vitória de 1x0 sobre o Palmeiras. Roy Keane teve uma grave lesão no ano de 1997, quando dividiu a bola com o norueguês Haland, perdendo toda a temporada daquele ano. Quatro anos mais tarde, Keane foi expulso por uma das entradas mais violentas da história do futebol, arrebentando os ligamentos do joelho direito de Haland e "vingando-se". Em uma entrevista ele afirmou não se arrepender do que fez e que na sua vida as coisas funcionam assim: "olho por olho, dente por dente". Para finalizar sua carreira, o irlandês jogou a temporada 2005/2006 no Celtic, vencendo o Campeonato Escocês e a Copa da Escócia. Com a Seleção Irlandesa, Roy disputou a Copa do Mundo de 1994 e foi convocado para a edição de 2002. Começou a preparação com a equipe no Japão, mas envolveu-se em uma briga com os dirigentes e o técnico da Seleção, sendo cortado poucos dias antes da estreia na competição. Em 67 jogos, marcou nove gols. Logo após se aposentar, foi técnico do Sunderland, onde foi campeão da "Segundona" da Inglaterra, e do Ipswich em 2009. Recentemente, foi auxiliar técnico da Seleção Irlandesa e do Aston Villa.


2 - Robbie Keane: Nascido na capital da República da Irlanda, Dublin, Robbie destacou-se em torneios universitários aos quinze anos de idade, conseguindo um contrato com o Wolverhampton. Aos dezessete anos, no dia nove de agosto de 1997, fez sua estreia no time principal marcando dois gols sobre o Norwich. Destacando-se por sua grande velocidade, técnica e principalmente pela facilidade em marcar gols, foi artilheiro dos "Lobos" na temporada seguinte, e consequentemente, vendido para Covenrty. Na sua estreia pelo novo clube, mais dois gols anotados, desta vez contra o Derby. Fez grande dupla com Gary McAlister, livrando o pequeno Coventry de qualquer chances de rebaixamento naquela edição da Premier League. Com a política de contratar jovens promissores da Europa, a Inter de Milão, comandada por Marcello Lippi, investiu alto no atacante irlandês, desembolsando cerca de treze milhões de libras no ano de 2000. Keane começou bem no time italiano, mas assim que Lippi foi substituído por Marco Tardelli, foi barrado do time titular e emprestado para o Leeds United. Jogando dezoito das dezenove partidas do segundo turno da Premier League, Robbie marcou nove gols e por um ponto o clube não conseguiu a quarta colocação e a vaga para a Champions. Agradado com Keane, o Leeds contratou-o pelos mesmos treze milhões de libras que a Inter havia pago ao Coventry. Ao final da temporada 2001/2002, o Leeds se viu afundado em dívidas e para quitá-las vendeu seus atletas mais valiosos, e Robbie foi um deles, acertando então com o Tottenham. Em seis anos no clube londrino, Keane tornou-se um dos grandes ídolos da história do time. Com gols importantíssimos e lances geniais, conquistou a torcida, assim como a Copa da Liga Inglesa de 2007/2008. O Liverpool pagou quase 20 milhões de libras para os Spurs liberaram Robbie, que se dizia torcedor dos "Reds" desde quando era criança. Em meio a contestações, o Tottenham fez mais algumas exigências e acabou cedendo o irlandês. Keane ficou apenas uma temporada em Liverpool, já que não conseguiu repetir o mesmo nível de atuações anteriores, apesar de marcar gols importantes. Insatisfeito com o banco de reservas, retornou aos Spurs e voltou a desempenhar um ótimo futebol. Em 2010, foi emprestado ao Celtic, onde brilhou, e logo em seguida para o West Ham. No ano de 2011, chegou ao L.A. Galaxy, sendo uma das estrelas do time para a MLS. Keane, conquistou sete títulos até o momento pelo Galaxy, além de muitos prêmios individuais. Mesmo aos 35 anos, o atacante vem tendo uma ótima fase no time norte-americano. Pela Seleção Irlandesa, Keane é simplesmente o maior artilheiro (67 gols anotados) e o jogador com maior número de atuações (143 jogos). Disputou a Copa do Mundo de 2002, onde marcou três gols e teve atuações de gala.


1 - George Best: Considerado não só como o melhor jogador irlandês da história, mas também britânico. Aos quinze anos de idade, quando jogava por um pequeno clube norte irlandês, o Cregagh Boys, foi descoberto por um olheiro do Manchester United, que levou o menino para a Inglaterra fazer testes. Conseguiu sua primeira chance no time titular aos dezessete anos, surpreendendo a todos com sua genialidade. Best era um jogador completo, reunindo habilidade, agilidade, técnica e bom chutes com ambas as pernas. Possuía um estilo de jogo muito semelhante ao de Garrincha, tanto é que era apelidado de "Garrincha europeu". Logo na sua primeira temporada como profissional, brilhou na conquista da Copa da Inglaterra 1963. Nos anos seguintes, foram só glórias para os Red Devils e George, que conquistaram o Campeonato Inglês nas temporadas 1964/1965 e 1966/1967, duas Supercopas da Inglaterra e a Liga dos Campeões 1967/1968. Com o sucesso, Best começou a extravasar nas bebidas, tendo noites agitadas nos pubs ingleses, ostentar com os carros mais valiosos da época e belas mulheres, o que o levou a perder alguns treinos e se atrasar para os mesmos, mas mesmo assim, seu rendimento dentro de campo continuava incrível. Venceu a Bola de Ouro de 1968, sendo o único irlandês a conquistar esse prêmio. Nos próximos anos, suas atitudes fora dos gramados começaram a afetar seus aspectos físicos e mentais, não tendo mais a mesma velocidade e fôlego, além de tornar-se cada vez mais indisciplinado, sendo expulso muitas vezes. Com o rebaixamento do United em 1973, George desligou-se do clube onde fora um dos maiores ídolos de sua história. Ficou parado por oito meses, mas decidiu voltar a jogar pelo Dunstable Town. Logo após, rodou por clubes da Irlanda do Norte, da Irlanda e da Escócia, mas convivendo com conflitos religiosos, por ser protestante e jogar em times católicos, resolveu jogar nos EUA e se afastar dos holofotes. Tentando se livrar do consumo de álcool, ficou quatro meses sem bebidas, e jogando ao lado de Gerd Müller fez sucesso no Lauderdale Strikers. Porém, teve uma recaída, se envolveu em um acidente de trânsito e espancou um policial. Com isso, ficou na cadeia por dois meses. Nos anos 80, George teve altos e baixos em sua vida, ficando meses sóbrio e fazendo boas partidas nos EUA, e meses em crise sendo dispensado de clubes seguidamente. Jogou em Hong Kong e Austrália, anunciando enfim sua aposentadoria aos 38 anos de idade, com muitos problemas pessoais e dívidas. Pela Seleção Norte Irlandesa, Best teve 37 aparições com nove gols anotados. É lembrado como um dos maiores craques do futebol mundial que não pôde disputar uma Copa do Mundo, já que a Irlanda do Norte "bateu na trave" nas eliminatórias de 1966 e 1970. Era um grande defensor da ideia de que as Irlandas deveriam juntar forças e ter uma só Seleção de futebol. Best também foi conhecido pelas suas frases marcantes, mostrando toda sua sinceridade, arrogância e autenticidade. No ano de 2002, o ex-craque teve que fazer um transplante de fígado, devido a cirrose, abalando sua saúde. Mesmo assim, Best continuou a beber e no final de 2005 foi internado as presas com sérios problemas nos rins. Dias depois, George faleceu, com apenas 59 anos de idade, vítima de múltipla falência dos órgãos.