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A reclamação é não poder reclamar

Com a nova recomendação passada pela CBF aos árbitros, os jogadores e técnicos serão advertidos por reclamarem dos atos assinalados pela arbitragem. Pode ser uma atitude enérgica, mas eu apoio. Mais do que nunca, nosso futebol precisa evoluir e se desfazer de vícios adquiridos com a "malandragem brasileira", como pressionar a arbitragem e iludi-la. Acredito que muito do que acontece no futebol é reflexo do que acontece com o país. Os professores não são mais respeitados pelos alunos, os mais novos não estão mais escutando as sábias palavras dos mais velhos e a educação vai de mal a pior. Um exemplo do quanto o Campeonato Brasileiro é prejudicado com este "anti-jogo" é o de que das 90 primeiras partidas do Brasileirão 2014, apenas quatro tiveram mais de 60 minutos de bola rolando. Em certos casos ocorreu até mais tempo de bola parada do que jogo, como no confronto Vitória 0x1 Sport, que na ocasião teve 34 minutos de futebol e o restante de lentidão para atletas cobrarem bolas paradas e, é claro, de reclamações. A pouco tempo, essa medida foi adotada na UEFA e, com o sucesso obtido na Europa, tem tudo para dar certo aqui. A recomendação também afirma que ao final dos jogos, será excluído ou expulso, qualquer atleta ou treinador que for contestar as marcações da equipe de arbitragem. Os árbitros também podem ser punidos caso não respeitem essa regra, portanto os cartões vão aparecer muitas vezes neste início de competição, pelo menos até que todos se acostumem.