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Top 10 Melhores Jogadores da História do Paraguai

10 - Roque Santa Cruz: Maior artilheiro da história da Seleção Paraguaia, com 30 gols. Fez sua estreia pelos "Guaranis" aos dezessete anos, jogando a Copa América de 1999. Disputou as Copas do Mundo de 2002, 2006 e 2010, marcando sete gols. Seu primeiro clube foi o Olímpia, onde ganhou grande destaque ao revelar-se um atacante alto, veloz e finalizador. Conquistou o Campeonato Paraguaio de 1998 e 1999. Antes de completar a maioridade, foi vendido ao Bayern, clube pelo qual viveu a melhor fase de sua carreira. Apesar de não ser um titular absoluto, sempre que estava em campo realizava boas atuações, marcando gols importantes e também contribuindo com assistências aos companheiros. O grande problema de sua trajetória no clube alemão foram as seguidas lesões sofridas, não permitindo que tivesse grande regularidade. Ficou de 1999 até 2007 no Bayern, conquistando cinco vezes a Bundesliga, quatro Copas da Alemanha, uma Liga dos Campeões e um Mundial Interclubes. Por 3,5 milhões de euros, transferiu-se para o Blackburn da Inglaterra. Teve uma boa passagem pelo clube, marcando gols e agradando a torcida nas duas temporadas. O Manchester City resolveu investir no atacante, contratando-o por 21 milhões de euros. Pelos Citizens, Santa Cruz pouco pode mostrar seu valor, ficando lesionado na maior parte do tempo. Para não perder o alto investimento, o clube resolveu emprestar o paraguaio para o Blackburn, em seguida o Bétis e por fim o Málaga. Teve um ótimo ano pelo Málaga em 2012, participando da campanha em que o clube espanhol chegou às quartas de final da Champions. Ao ter seu contrato finalizado com o Manchester City no ano seguinte, assinou com o Málaga definitivamente por duas temporadas. No início de 2015, Roque acertou com o Cruz Azul do México, onde vem desempenhando um bom papel. Se não tiver nenhuma contusão, Santa Cruz é nome certo para a Seleção Paraguaia na Copa América 2015.


9 - José Cardozo: Maior artilheiro da história do Campeonato Mexicano. Cardozo foi um atacante que tinha um grande dom para marcar gols, tendo como principais características o bom cabeceio, chutes certeiros com sua perna direita, o domínio de bola e a velocidade. Deu largada à sua triunfante carreira em 1988, pelo River Plate do Paraguai. Mostrando ser um jogador promissor, foi contratado pelo o ST. Gallen da Suíça. Após duas temporadas sem muito sucesso na Europa, assinou com o Universidad Católica para disputar a Libertadores da América, na qual o clube chileno foi eliminado na final, perdendo para o São Paulo. No ano seguinte, José retornou para seu país, acertando com o Olímpia. Fez um ótimo ano em Assunção, marcando 27 gols e conquistando o Campeonato Paraguaio. Em 1995, Cardozo chega ao México para jogar no Toluca. Foram dez anos no clube pelo qual o paraguaio se tornou o maior ídolo e artilheiro da história, marcando 249 gols. Foi campeão da Liga Mexicana quatro vezes (1998/1999/2000/2002) e da Copa dos Campeões da Concacaf em 2003. Outro recorde batido pelo atacante foi o de jogador que mais marcou por uma liga em um ano, totalizando 58 gols na edição de 2003 do Campeonato Mexicano. Já veterano, atuou pelo San Lorenzo por um ano, mas pouco rendeu. Na Seleção Paraguaia, foram 83 jogos e 25 gols marcados, sendo o segundo maior goleador dos "Guaranis". Esteve presente nas Copas de 1998, onde marcou um gol, e 2002, além das Olimpíadas de Atenas em 2004, ficando com a prata e a vice artilharia. Como técnico, Cardozo já treinou o Olímpia, Querétaro, Sportivo Luqueño e atualmente está no Toluca.


8 - Raúl Vicente Amarilla: Este atacante, conhecido como "El Artista", iniciou no Sportivo Luqueño aos dezessete anos e após sete meses já se transferiu para o futebol europeu. Com uma habilidade e um poder de finalização fora do comum, já brilhava pelo Zaragoza em 1980. Permaneceu até 1985 no clube, tendo como sua melhor temporada a 1982/1983, onde foi vice artilheiro do campeonato espanhol. Também neste período, Amarilla naturalizou-se espanhol e disputou algumas partidas pela equipe sub-21 da "Fúria". Em seguida, foi para o Barcelona, mas não conseguiu ser titular absoluto do clube catalão, porém teve algumas boas partidas e participou das conquistas da Copa da Liga Espanhola (1986) e da Copa do Rei (1988). No ano seguinte, resolveu retornar ao seu país natal, para jogar no Olímpia. Após um bom ano, acertou com o América do México, jogando a Liga Mexicana de 1989. Após faturar um bom salário, voltou ao Olímpia para consagrar sua carreira. Foi campeão da Libertadores a América de 1990, sendo também o melhor jogador e artilheiro da competição. Neste mesmo ano, recebeu o prêmio de Melhor Jogador Sulamericano. Conquistou também a Recopa Sulamericana do ano seguinte, assim como o Campeonato Paraguaio de 1989 e 1993. Para finalizar sua carreira, transferiu-se para o Yokohama Flugels do Japão, sendo uma das atrações da nova Liga Japonesa de Futebol. Em 2006, Raúl integrou a comissão técnica paraguaia na Copa do Mundo da Alemanha, sendo auxiliar técnico. 


7 - Hugo Talavera: Consagrado ídolo dos dois maiores clubes do Paraguai, o Olímpia e Cerro Porteño. Começou no Nacional, mas ainda jovem mudou-se para o Cerro. Em quatro anos no time, Hugo conquistou três vezes o Campeonato Paraguaio, tendo grandes atuações. O Olímpia resolveu contratar o bom meia, que chegou ao clube em 1975. Em sua primeira passagem pelo "El Decano", foi vencedor de todas as competições possíveis, como o Campeonato Paraguaio dos anos de 1978, 1979 e 1980, Copa Libertadores 1979 e a Copa Intercontinental ou Mundial Interclubes de 1979. Em 1980, aventurou-se na Argentina por uma temporada, jogando pelo Newell's. Em seguida, retornou ao Olímpia, sagrando-se campeão de mais quatro Campeonatos Paraguaio. Jogando pela Seleção Paraguaia, Talavera teve importante papel no triunfo da Copa América 1979, marcando dois gols. Teve uma breve passagem como técnico do Olímpia em 2006, porém com resultados abaixo do esperado, foi demitido. Hugo sempre se destacou pela raça, a visão de jogo e os fortes chutes de longa distância.


6 - Francisco Arce: Um dos melhores batedores de faltas de todos os tempos. Arce foi um lateral completo, que defendia bem, apoiava ainda melhor e decidia jogos com suas bolas paradas e cruzamentos perfeitos. Iniciou sua trajetória no Cerro Porteño, clube de seu coração. Foi campeão paraguaio por "El Ciclón" em 1991, 1992 e 1994. Suas atuações chamaram a atenção de Luiz Felipe Scolari, que solicitou ao Grêmio que trouxesse o jogador para integrar seu elenco. Em pouco tempo no clube, Arce provou que Felipão tinha razão em apostar em si, tornando-se ídolo. Em três anos no "Imortal", conquistou pelo menos um título a cada ano: Em 1995, foram a Libertadores e o Gauchão; Em 1996, o Gauchão, o Brasileirão e a Recopa; Em 1997, a Copa do Brasil. Quando a Parmalat levou Felipão ao Palmeiras, novamente o paraguaio foi exigido pelo técnico, fazendo com que o lateral deixasse Tricolor gaúcho rumo ao time alvi-verde. Foi ainda mais querido pela torcida palmeirense, que viu a melhor fase do lateral. Mostrando muita liderança e qualidade técnica em campo, participou das conquistas da Copa Mercosul 1998, da Copa do Brasil 1998, da Libertadores 1999, da Copa dos Campeões 2000 e o Torneio Rio-São Paulo também de 2000. Marcou 57 gols com a camisa do time paulista, jogando quase todas as partidas possíveis, já que pouco lesionava-se. Em 2003, recebeu uma boa proposta do Gamba Osaka do Japão, trocando o Brasil pelo país asiático. Já no final da carreira, jogou algumas partidas pelo Libertad, se aposentando logo em seguida. Com a sua seleção, disputou os jogos Olímpicos de 1992 e as Copas de 1998 e 2002, marcando um gol nesta última. Ao todo foram 61 jogos e cinco gols anotados pelos "Guaranis". Arce estreou como treinador no ano de 2009, comandando o Rubio Ñu ao acesso à Primeira Divisão Paraguaia. Em seguida, teve uma breve passagem pela Seleção Paraguaia, mas com o fraco desempenho da equipe que não conseguiu qualificar-se ao Mundial, foi demitido. Um ano depois, comandou o Cerro Porteño e foi o Campeão Paraguaio de 2013, invicto. Atualmente, é o treinador do Olímpia.


5 - José Luis Chilavert: Segundo goleiro que mais balançou as redes na história do futebol, com 62 gols marcados, ficando atrás apenas de Rogério Ceni. Nasceu em uma família de jogadores, tendo seu pai como primeira inspiração, e logo depois seu irmão Rolando Chilavert, meia que serviu a Seleção Paraguaia nos anos 80 e que hoje é um treinador renomado. Chilavert sempre se mostrou um líder em campo, impondo-se perante os grupos em que trabalhou, orientando muito bem a defesa e sendo respeitado pelos seus companheiros. Contudo, sua personalidade forte nem sempre foi benéfica, fazendo com que o ex-craque "perdesse a cabeça" muitas vezes, envolvendo-se em brigas e atitudes antidesportivas, como a cusparada em Roberto Carlos em 2001. Tinha uma grande técnica com os pés, o que fazia de José um goleiro diferenciado, dando bons passes e lançamentos, além das belas cobranças de faltas e pênaltis. Iniciou no Sportivo Luqueño, clube de sua cidade natal. Após dois anos de boas atuações, transferiu-se para o Guaraní, onde conquistou o Campeonato Paraguaio 1984. No ano seguinte, foi vendido ao San Lorenzo da Argentina, ganhando maior notabilidade mundial. Em quatro anos de clube, Chilavert envolveu-se em muitas confusões com atletas, técnicos, torcedores e até jornalistas, mas dentro de campo foi muito bem. Desejando uma oportunidade na Europa, acertou com o Zaragoza em 1989. Teve a oportunidade de marcar um gol de pênalti pelo clube espanhol, porém ao exagerar na comemoração, sofreu um gol do meio de campo. Ao ser proibido de arrematar em bolas paradas, irritou-se com o clube, trocando-o pelo Vélez Sarsfield. Atuou por nove anos no time argentino, que com Chilavert no gol, teve o melhor momento de sua história. Com grandes defesas e muitos gols, "Chila" levou o Vélez aos títulos do Campeonato Argentino 1993, 1995, 1996 e 1998, Copa Libertadores da América 1994 (vencendo o São Paulo nos penaltis) e o Mundial Interclubes 1994 (vencendo o Milan). Individualmente, foi eleito melhor jogador do Campeonato Argentino 1996 e melhor goleiro do mundo nos anos de 1995, 1997 e 1998, além de ser considerado maior ídolo da história do Vélez. Já "fisicamente avantajado" e veterano, foi contratado pelo Strasbourg, da França. Em sua primeira temporada, caiu com o clube para a Série B, mas de maneira surpreendente, foi campeão da Copa da França. No ano seguinte, retornou com o clube para a primeira divisão francesa. Disputou a temporada 2002/2003 no Peñarol, conquistando o Campeonato Uruguaio. Por fim, retornou ao Vélez para disputar seu último ano como profissional e se aposentar. Com a Seleção Paraguaia, "Chila" disputou a Copa do Mundo de 1998, onde foi eleito melhor goleiro da competição, além da Copa de 2002. Em 74 internacionalizações, marcou oito gols e detém a marca de ser o goleiro que mais gols marcou por uma seleção. Hoje em dia, é empresário de jogadores e dirigente do Vélez Sarsfield, mas também já foi comentarista na Copa do Mundo de 2006 e Consultor da Seleção Paraguaia.


4 - Carlos Gamarra: Estreou em 1991, jogando pelo Cerro Porteño. Destacando-se pela força física e por quase não cometer faltas, Gamarra não demorou a ser titular. Conquistou o Campeonato Paraguaio de 1992, sendo uma das revelações da competição. Foi emprestado na temporada seguinte para o Independiente da Argentina, onde pouco jogou. Retornando ao Cerro, conquistou novamente o Campeonato Paraguaio e em seguida foi vendido ao Internacional. Pelo Colorado, Gamarra teve ótimas atuações, principalmente no ano de 1997, quando foi campeão do Gauchão. Uma milionária proposta levou Gamarra para o Benfica. Quase não teve chances de atuar clube português, entrando poucas vezes em campo. Tendo a admiração de Wanderley Luxemburgo, Gamarra não hesitou ao dizer sim a proposta feita pelo Corinthians, acertando com o clube paulista no ano de 1998. Viveu sua melhor fase da carreira pelo Timão, sendo idolatrado pela torcida e também pelos comentaristas, que não entendiam como o defensor desarmava os adversários com tanta facilidade sem cometer faltas. Foi peça vital na equipe que sagrou-se bi-campeã brasileira (1998 e 1999). Depois de tanto sucesso aqui no Brasil, o Corinthians não conseguiu segurar Carlos, que foi contratado pelo Atlético de Madrid. Em sua segunda experiência na Europa, sua segunda decepção. Os colchoneros viviam delicada situação na tabela do Campeonato Espanhol quando Gamarra chegou, e nem com o zagueirão na equipe o time madrileño conseguiu evitar a queda para a segunda divisão. Mais uma vez um time brasileiro resolveu investir no jogador, que teve seus direitos comprados pelo Flamengo. Fez dois ótimos anos no time que conquistou o Campeonato Carioca de 2001 e a Copa dos Campeões também de 2001. No ano seguinte, assinou com o AEK, onde foi vencedor da Copa da Grécia e conseguiu sua primeira campanha de destaque na Europa. Seu próximo destino foi a Inter de Milão, um dos maiores clubes do mundo. Titular nos dois primeiros anos, Gamarra havia enfim se firmado no Velho Continente. Foi vencedor da Copa da Itália de 2005 e participou de boas campanhas no Campeonato Italiano. Em seu último ano pela equipe italiana, o zagueiro começou a perder espaço e com o final da temporada retornou ao Brasil para jogar pelo Palmeiras. Foi o melhor defensor do Brasileirão 2005 ao lado de Lugano, marcando seu nome na história de mais um time do país. Antes de "pendurar as chuteiras", jogou pelo Ethnikos Piraeus da Grécia e no Olímpia. Pelos "Guaranis", disputou as Copas de 1998 e 2002, sendo eleito melhor zagueiro da primeira, na qual terminou a competição sem ter cometido uma única falta sequer. Hoje em dia, o ex-atleta é dirigente do Rubio Ñu, clube paraguaio. Seu filho, Carlos Gamarra Júnior, de 22 anos, é goleiro do Cerro Porteño.


3 - Aurélio González: Nascido em Luque, no ano de 1905, Aurélio foi um dos jogadores mais completos de seu país. Este atacante tinha muita habilidade, velocidade, bom chute com as duas pernas e visão de jogo apurada. Começou no Sportivo Luqueño, jogando pelo clube de 1920 até 1926. Mudou-se para o Olímpia no ano seguinte, onde foi o grande craque das conquistas do Tri Campeonato Paraguaio de 1927, 1928 e 1929. Em meio a Guerra do Chaco, onde Paraguai e Bolívia lutavam em disputa de um território, Aurélio recebeu uma interessante proposta do San Lorenzo da Argentina, contudo resolveu rejeitá-la para lutar e defender seu país no conflito armado, Com o fim da guerra, González se reapresentou ao Olímpia e jogou pelo clube de Assunção até o final de sua carreira. Por sua seleção nacional, disputou a Copa do Mundo de 1930 e a Copa América de 1929 e 1937. Seis anos após aposentar-se, assumiu a Seleção Paraguaia como treinador. Comandou a equipe Guarani em três períodos: 1946 até 1947, 1955 até 1959, levando o grupo à Copa de 1958, e 1965 a 1974. Também dirigiu o Olímpia, levando o clube a sua primeira final de Libertadores da América em 1960, porém o clube foi derrotado pelo Peñarol. Aurélio faleceu em 1997.


2 - Romerito: Júlio César Romero é mais um craque revelado pelo Sportivo Luqueño. Conseguiu seu primeiro destaque no Sulamericano sub-19, sendo artilheiro da competição com cinco gols. No mesmo ano, foi um dos grandes nomes do Paraguai na conquista da Copa América, quando Romerito marcou o gol que eliminou a Seleção Brasileira em pleno Maracanã e em seguida marcou dois gols na final diante do Chile. Ainda por sua seleção, disputou a Copa do Mundo de 1986, balançando as redes adversárias duas vezes. Após ter belas atuações pela seleção de base do Paraguai, o New York Cosmos, time que contava com Beckenbauer, Neeskens e Carlos Alberto Torres, contratou o jovem meia. Atuando de 1980 até 1983, o ex-craque conquistou por duas vezes a Liga Norte Americana, marcando cerca de 30 gols. Ao terminar seu contrato com o Cosmos, Carlos Alberto Torres formalizou junto com o Fluminense uma boa proposta para Romerito vestir a camisa tricolor. O paraguaio aceitou e assinou contrato com o clube das Laranjeiras no final de 1983. Mostrando toda sua técnica, visão de jogo e poder de finalização, caiu nas graças da torcida. Venceu o Cariocão de 1984 e ainda no mesmo ano marcou o gol do título da conquista mais importante do Fluminense nos anos 80, o Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, conquistou o Campeonato Carioca e foi eleito o melhor jogador da América do Sul. Foi campeão também de alguns torneios amistosos, mas talvez sua maior conquista tenha sido a de maior ídolo da história do Fluminense. Trocou o clube carioca pelo Barcelona, em 1989, mas com a crise de títulos, finanças e bons jogadores, Romerito não conseguiu repetir suas atuações de "gala" e transferiu-se para o Puebla do México. Em sua única temporada no país latino, sagrou-se campeão da Liga Mexicana 1990. Daí em diante, o meia jogou por muitos, como o Olímpia, Sportivo Luqueño, La Serena e Cerro Corá, aposentando-se em 1998. Romerito desejou muitas vezes retornar ao Fluminense, oferecendo até jogar sem receber salários, mas o clube nunca oficializou uma proposta e o tão esperado retorno nunca ocorreu. em 2001, o paraguaio foi eleito vereador de Luque, ficando no cargo até 2006. Hoje em dia, costuma frequentar os jogos do Fluminense sempre que vem ao Brasil, atendendo aos torcedores com muita simpatia.


1 - Arsenio Erico: Este atacante foi um dos jogadores mais completos da posição, conhecido por sua técnica, habilidade, velocidade, finalização precisa e o cabeceio. Estreou como profissional logo aos quinze anos, atuando pelo Nacional. Destacando-se no time de Assunção, foi convocado pela equipe da Cruz Vermelha Paraguaia, que arrecadava fundos com amistosos em outros países para a Guerra do Chaco. Ao jogar algumas partidas na Argentina, encantou os dirigentes do Independiente, que contrataram o paraguaio. Com um começo arrasador, marcou muitos gols nas primeiras temporadas, mesmo sem vencer competições. Teve um ano infeliz em 1935, quando quebrou a perna e praticamente não atuou. Retornou ainda melhor no ano seguinte, marcando 21 gols em 26 partidas. Em 1937, teve sua melhor média de gols, 48 em 34 jogos. Sua primeira conquista veio na próxima temporada, o Campeonato Argentino 1938. Ainda foi vencedor com o Independiente em 1939, sendo também artilheiro e craque da competição, e em 1942. Jogou ainda uma temporada pelo Huracán e por fim, voltou ao seu clube de origem para conquistar o Campeonato Paraguaio de 1948, aposentando-se no ano seguinte. Enquanto estava jogando no futebol argentino, Arsenio recebeu uma proposta muito boa financeiramente para defender a Argentina na Copa de 1938, mas mostrando lealdade ao seu país, rejeitou a proposta, e acabou a carreira sem conseguir disputar a maior competição do futebol mundial. Os números de Erico na Seleção Paraguaia não são precisos, até porque as partidas foram disputadas pela Cruz Vermelha Paraguaia, mas os registros são de 26 jogos disputados e 56 gols marcados. É o maior artilheiro da história do Campeonato Argentino, com 295 gols. Di Stéfano afirmou uma vez que se espelhava muito no paraguaio, dizendo-o pessoalmente a frase: "Eu sou apenas um imitador seu". Teve uma breve carreira de técnico, comandando o Nacional e o Club Sol de América. No ano de 1977, a saúde de Arsenio começou a ficar ruim e o ex-atleta faleceu devido um ataque cardíaco.