Parece que ainda não é verdade e que a qualquer momento vamos receber mensagens da Colômbia de que está tudo bem e todas as pessoas que estavam no voo voltarão sãs e salvas. Contudo, em um pequeno relapso de razão que existe dentro de nossas mentes turbinadas em emoções, sabemos que infelizmente não vamos poder nunca mais ver em ação o aguerrido e carismático time, que encantou e uniu o Brasil, na disputa da Copa Sul Americana. Dói muito pensar que não teremos mais os milagres do goleiro Danilo, a raça de Dener e Thiego, a polivalência de Gil, a maestria de Cléber Santana no meio de campo, a velocidade de Ananias e Tiaguinho, o faro de gol de Kempes e Rangel, a genialidade do professor Caio Júnior, os comentários sinceros de Mário Sérgio, as emocionantes narrações de Deva, a extrema competência do presidente Pallaoro, assim como cada um que estava no voo e que de alguma forma participou para esta incrível equipe, sendo no meio jornalistico, na diretoria do time ou dentro de campo, fazendo esta surpreendente Chape "subir um degrau a cada ano", dando passos largos no futebol brasileiro e sul-americano, bem como alegrias para uma região, um estado e até um país. Mais do que ídolos de uma geração, foram vidas de pais de famílias que se perderam por erros completamente evitáveis.
Desejo muita força para as famílias de todos os envolvidos, aos sobreviventes, que heroicamente vêm lutando para se recuperar, e ao clube, que carecerá de uma recuperação imediata, pois por mais difícil que seja aceitar os fatos, pessoas vão e voltam, deixam lembranças, tornam-se "mitos" e ficam imortalizados na história, porém a instituição permanece e precisa seguir em frente, até porque a Chapecoense terá um 2017 longo, com muitas competições, possivelmente até uma Copa Libertadores, e a reestruturação do elenco deverá começar imediatamente.
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