10 - Fernando Morena: Um goleador nato. Morena é o maior goleador da história do Campeonato Uruguaio, sendo artilheiro das edições de 1973/74/75/76/77/78/82, todas pelo Peñarol. Antes de chegar ao clube Aurinegro, passou por Racing e River Plate, mas não obteve tanto sucesso. Com o Peñarol, foi campeão seis vezes do Campeonato Uruguaio, da Libertadores de 1982, assim como o Mundial Interclubes do mesmo ano. Tornou-se um dos maiores ídolos da história do clube, com uma média de gols incrível e um carisma gigantesco. Morena também teve uma boa passagem no futebol espanhol, defendendo as cores do Rayo Vallecano e do Valência. Por fim, atuou no Flamengo e no Boca Juniors, mas não deslanchou em nenhum dos clubes. Com a Seleção Uruguaia, esteve na Copa do Mundo de 1974, mas caiu na fase de grupos. Seu único título com a "Celeste" foi a Copa América de 1983. Ao encerrar sua carreira de jogador, o ex-atacante virou treinador e comandou equipes como: Peñarol, River Plate (Uruguai), Murcia e Colo-Colo.
9 - Pedro Rocha: Meia técnico e forte, foi um dos maiores ídolos da história do Peñarol e do São Paulo. Mostrando muita categoria nos passes, nos chutes e no cabeceio, foi um dos destaques do time do Peñarol que dominou o Uruguai e a América nos anos 60, vencendo o Campeonato Uruguaio sete vezes (1960, 1961, 1964, 1965, 1967 e 1968), a Libertadores em três oportunidades (1960, 1961 e 1966), além de ser bi-campeão mundial (1961 e 1966). Após vencer tudo que tinha direito no Uruguai, assinou com o São Paulo em 1970. Apesar de um início complicado para adaptar-se, caiu nas graças da torcida rapidamente. Foi artilheiro do Brasileirão de 1972, sendo o primeiro estrangeiro a conseguir esse mérito no Brasil, conquistou dois Paulistões e o Campeonato Brasileiro de 1977. Gostaria muito de vencer uma Taça Libertadores com o Tricolor do Morumbi, mas ao sofrer uma lesão no primeiro jogo do final de 1974, ficou de fora da grande decisão e viu o time padecer diante do Independiente da Argentina. Aos 34 anos e sem o mesmo fôlego de antigamente, rodou por clubes como o Coritiba, Palmeiras, Bangu, Monterrey e Al-Nassr. Jogando Pelo Uruguai, Pedro disputou quatro Copas do Mundo (1962, 1966, 1970 e 1974), sendo o jogador de seu país que mais edições disputou. Após aposentar-se, treinou diversos times, como o Botafogo de São Paulo, o Guarani, o Internacional, o Sporting de Lisboa e a Ponte Preta. Faleceu em 2013, vítima de uma atrofia do mesencéfalo.
9 - Pedro Rocha: Meia técnico e forte, foi um dos maiores ídolos da história do Peñarol e do São Paulo. Mostrando muita categoria nos passes, nos chutes e no cabeceio, foi um dos destaques do time do Peñarol que dominou o Uruguai e a América nos anos 60, vencendo o Campeonato Uruguaio sete vezes (1960, 1961, 1964, 1965, 1967 e 1968), a Libertadores em três oportunidades (1960, 1961 e 1966), além de ser bi-campeão mundial (1961 e 1966). Após vencer tudo que tinha direito no Uruguai, assinou com o São Paulo em 1970. Apesar de um início complicado para adaptar-se, caiu nas graças da torcida rapidamente. Foi artilheiro do Brasileirão de 1972, sendo o primeiro estrangeiro a conseguir esse mérito no Brasil, conquistou dois Paulistões e o Campeonato Brasileiro de 1977. Gostaria muito de vencer uma Taça Libertadores com o Tricolor do Morumbi, mas ao sofrer uma lesão no primeiro jogo do final de 1974, ficou de fora da grande decisão e viu o time padecer diante do Independiente da Argentina. Aos 34 anos e sem o mesmo fôlego de antigamente, rodou por clubes como o Coritiba, Palmeiras, Bangu, Monterrey e Al-Nassr. Jogando Pelo Uruguai, Pedro disputou quatro Copas do Mundo (1962, 1966, 1970 e 1974), sendo o jogador de seu país que mais edições disputou. Após aposentar-se, treinou diversos times, como o Botafogo de São Paulo, o Guarani, o Internacional, o Sporting de Lisboa e a Ponte Preta. Faleceu em 2013, vítima de uma atrofia do mesencéfalo.
8 - Álvaro Recoba: "El Chino", como é conhecido, iniciou no Danúbio e logo aos dezesseis anos já se transferiu para o Nacional. Visão de jogo fora do comum, passes precisos, chutes potentes e também colocados com a perna esquerda e muita velocidade, foram as marcas deste meia-atacante. Ao completar a maioridade, foi comprado pela Inter de Milão, com status de "Novo Maradona". Em sua estreia, ficou no banco de reservas até os quinze minutos da etapa final, onde a Inter perdia para o Brescia por 1x0. Com dois chutes do ângulo, Recoba virou o jogo e deu os três pontos ao time de Milão. Viveu altos e baixo no clube, sendo coadjuvante e protagonista, titular e reserva, ídolo e chinelinho (machucava-se com regularidade). Foi emprestado em duas oportunidades, a primeira para o Venezia, onde teve uma notória passagem, e a segunda para o Torino, quando já estava mais velho. Pela Inter, conquistou uma Copa da UEFA, duas Copas da Itália e duas vezes o Campeonato Italiano, anotando 72 gols. Em 2008, assinou com o Panionios da Grécia, brilhando por uma temporada na Liga Grega. Em seguida, Álvaro resolveu retornar ao seu país, para defender o Danúbio, time que o revelou. As ótimas atuações pela equipe, fizeram Recoba retornar ao segundo maior clube uruguaio, o Nacional. Conquistou a Primeira Liga Uruguaia nas temporadas 2011/2012 e 2014/2015, sendo eleito o melhor jogador da primeira. Mesmo estando com 38 anos de idade, "El Chino" desfila sua técnica nos gramados uruguaios, fazendo lances mágicos e gols incríveis. Pela "Celeste", Recoba disputou a Copa do Mundo de 2002, na qual marcou um gol. Poderia ter participado também da Copa de 2006, mas o foi derrotado pela Austrália na repescagem eliminatória.
7 - José Leandro Andrade: Considerado o primeiro grande jogador uruguaio da história. Andrade foi um meia direita incansável, muito veloz, habilidoso e marcador. É lembrado até hoje por suas "tesouradas", maneira com que desarmava os adversários, e pelo grande repertório de dribles, inovadores no século 20 e 30. Filho de um ex-escravo brasileiro e uma mãe argentina, foi o grande maestro dos títulos do Uruguai nas Olimpíadas de 1924 e 1928. Também esteve na Copa do Mundo de 1930, onde seu país sagrou-se campeão, mas já estava veterano. Em clubes, jogou pelo Bella Vista, Nacional, Peñarol e Wanderers. Além de um grande futebolista, José era um apaixonado por música, carnaval e festas. Ao encerrar sua carreira como jogador, teve muitos problemas com álcool e doenças, como a tuberculose, além de ficar cego de um olho anos depois de chocar-se com uma trave. Faleceu aos 56 anos em um asilo de Montevidéu, abandonado, na miséria e esquecido por amigos e familiares.
6 - Alcides Ghiggia: Veloz, oportunista e talentoso, é um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro. Iniciou sua carreira no pequeno clube Atlante, mas mostrando ser muito acima da média foi contratado pelo Sud América. Após um ótimo ano no novo time, transferiu-se para o Peñarol, onde conquistou duas vezes o Campeonato Uruguaio e fez história. Após cinco grandes anos no Peñarol, foi vendido à Roma. Jogou por oito anos na capital italiana, tornando-se ídolo da equipe. Apesar do sucesso, o time foi vencedor de apenas uma competição, a Copa da UEFA de 1960. Saiu da Roma com mais de 200 atuações, dirigindo-se então para o Milan. Em apenas uma temporada em Milão, Ghiggia disputou apenas quatro partidas, ficando no banco de reservas a maior parte do tempo. Resolveu retornar ao seu país, jogando pelo Danúbio até o fim de sua carreira. Alcides atuou em doze partidas pela Seleção Uruguaia, sendo um dos grandes nomes da Copa de 1950. Marcou gol em todas as partidas da competição, inclusive na final diante da Seleção Brasileira, quando calou o Maracanã lotado com o gol do título aos 34 do segundo tempo. Ghiggia também jogou algumas partidas das eliminatórias para a Copa de 1958 pela Seleção Azzurra, já que jogava pela Roma, tinha a cidadania italiana e não fora liberado pelo clube para jogar pelo Uruguai. Após "pendurar as chuteiras", o atacante teve que trabalhar por muitos anos em um Cassino Uruguaio, já que na época o futebol pagava muito mal e Ghiggia não conseguiu poupar. Era o único campeão de 1950 ainda vivo, mas coincidentemente, faleceu no dia do aniversário de 65 anos do título, vítima de um problema cardíaco. Pode não ter sido o melhor jogador da história de seu país, mas além de integrar o ranking dos melhores, é com certeza o mais importante.
5 - Luís Suárez: Um dos jogadores mais completos da atualidade. "Luisito" começou sua carreira no Nacional, onde teve um repentino sucesso e foi vendido ao Groningen da Holanda aos 19 anos. No clube holandês, teve ótimas aparições, principalmente na Eredivisie, marcando quinze gols. No ano seguinte, o Ajax levou o uruguaio por cerca de 22 milhões de reais. Já adaptado ao futebol do país, foi fácil brilhar. Tornou-se a grande estrela do clube de Amsterdam, jogando como uma espécie de segundo atacante. Marcou muitos gols, deu muitas assistência aos companheiros, mas virou ídolo pela sua raça e dedicação ao clube. Na temporada 2009/2010, marcou 35 gols em 33 partidas, sendo eleito melhor jogador da competição, artilheiro e ainda conquistou o título da Eredivisie com o Ajax. Mostrou alguns problemas de indisciplina dentro de campo, principalmente ao morder adversários, mas apesar de algumas suspensões, não perdeu o posto de grande ídolo do clube. Após boa aparição na Copa de 2010, foi contratado pelo Liverpool, por quase 61 milhões de reais. Apesar das fracas campanhas do time nas primeiras temporadas, Suárez conseguiu jogar muito bem e tornou-se o maior destaque do Liverpool. Infelizmente, Suárez novamente se envolveu em confusões, primeiramente ofendendo Evra e mais tarde mordendo o lateral Ivanovic, do Chelsea. Recebeu oito jogos de suspensão, além de uma pesada multa. Foi vice-campeão da temporada 2013/2014, assim como artilheiro da competição com 31 gols. Por cerca de R$ 225 milhões de reais, acertou com o Barcelona em 2014. Sua primeira temporada no clube catalão foi fantástica, vencendo todas as competições que disputou, incluindo a Liga dos Campeões, e editando um trio ofensivo de muito sucesso com Messi e Neymar. Pelo Uruguai, Luis fez sua estreia em 2007. Viveu grande momento na Copa de 2010, marcando três gols e sendo a peça chave para a boa campanha da "Celeste" na competição. No ano seguinte, foi o melhor jogador da Copa América, bem como campeão da competição. No Mundial de 2014, chegou com status de principal estrela do plantel uruguaio. Não pode jogar o primeiro jogo da sua Seleção, por estar lesionado, e viu seus companheiros sofrerem uma dura derrota para a Costa Rica. Diante da Inglaterra, Suárez foi a estrela da partida marcando os dois gols da vitória, "ressuscitando" assim seu país no torneio. Contra a Itália, Luisito teve mais uma atitude infantil e mordeu o zagueiro Chiellini. Recebeu quatro meses de suspensão de qualquer evento desportivo, mais nove partidas pela Seleção Uruguai, além de mais de R$ 200 mil reais de multa. Já é o maior artilheiro da história da Celeste, com 43 gols anotados.
4 - Obdulio Varela: Um líder nato. Com uma infância miserável, Varela começou a trabalhar aos oito anos de idade, vendendo jornal nas ruas de Montevidéu. Sem poder estudar, viu no futebol uma oportunidade de ganhar a vida. Com muita obediência tática, força física, velocidade e espírito de liderança, destacou-se no Juventud, pequeno clube uruguaio. Logo conseguiu um contrato melhor com o Wanderers, onde jogou por cinco anos e teve notabilidade. Acertou com o Peñarol em 1943 e conquistou três vezes o Campeonato Uruguaio no clube que defendeu por doze anos. É considerado um dos maiores ídolos da história do clube aurinegro, não só pelo que fazia dentro de campo, mas pelo carisma e a personalidade. Com a "Celeste", foi o grande capitão do título da Copa do Mundo de 1950. É venerado até hoje pela raça e comando demonstrado em campo naquela oportunidade. Disputou também a Copa de 1954, mas acabou se lesionando e não pode disputar as semi-finais, tendo que assistir seus companheiros perderem para a Hungria. Com a evolução técnica do futebol, Varela revoltou-se com os novos jogadores que não tinham tanta raça e dedicação como ele tinha pelos clubes e pelo Uruguai, decidindo se aposentar em 1955. Sem dinheiro, teve que trabalhar para se sustentar, sendo companheiro de Ghiggia no Cassino de Montevidéu. Faleceu pobre em 1996, aos 78 anos de idade. Foi homenageado pelo clube Villa Española, que ao inaugurar seu estádio chamou-o de Estádio Obdulio Jacinto Varela.
3 - Diego Forlán: Filho do ex-jogador do São Paulo, Pablo Forlán, era um promissor tenista na juventude, mas ao optar pelo futebol ou tênis, escolheu o esporte de seu pai. Passou pelas categorias de base do Peñarol e do Danúbio, mas transferiu-se para o Independiente da Argentina, clube onde seu avô, Juan Corazzo, havia sido ídolo na década de 30. Quando foi lançado no time profissional, tornou-se titular rapidamente, mostrando toda sua habilidade e poder de finalização com ambas as pernas. A equipe argentina passava por momentos complicados e Forlán não conseguiu títulos pelo Independiente. Foi vendido ao Manchester United em 2002, sendo uma boa opção do time de Alex Fergunson para o segundo tempo das partidas. Cansado de ficar no banco de reservas, resolveu trocar o clube inglês pelo Villarreal da Espanha. Foram três anos no clube espanhol, que teve sua melhor campanha no Campeonato Espanhol na história, terceiro lugar na temporada 2004/2005, assim como a melhor participação na Liga dos Campeões, perdendo para o Arsenal nas semi-finais. Com 59 gols, é o maior artilheiro da história do Villarreal. Por cerca de 60 milhões de reais, trocou o "Submarino Amarelo" pelo Atlético de Madrid, clube pelo qual Diego viveu o grande auge da sua carreira. Chegou para substituir Fernando Torres, que havia ido para o Liverpool, e se tornou um dos maiores ídolos do clube madrilenho. Fez ótimas campanhas no Campeonato Espanhol e conquistou a Copa da UEFA 2009/2010, além da Supertaça europeia 2010/2011. Saiu do clube em 2011, assinando com a Inter de Milão. Mostrando uma certa decadência técnica, não atingiu as expectativas e rescindiu seu contrato após 10 meses. Em 2012, chegou ao Internacional de Porto Alegre. Forlán teve bons momentos no Inter, mas infelizmente lesionou-se muitas vezes e não teve uma grande sequência de jogos. Jogou no Cerezo Osaka em 2014 e no momento está no Peñarol. Diego é o jogador que mais vestiu a camisa da Seleção Uruguaia, além de segundo maior artilheiro da história com 36 gols em 112 jogos. Disputou as Copas de 2002, 2010 e 2014, sendo eleito o melhor jogador da competição de 2010. Foi também campeão da Copa América 2011.
2 - Enzo Francescoli: Craque solitário do Uruguai nos anos 80/90, não conseguiu obter sucesso com a "Celeste". Disputou as Copas de 1986 e 1990, sendo eliminado nas oitavas de final em ambas. Suas glórias pela Seleção Uruguaia foi nas Copas América que disputou, conquistando-as em três oportunidades. Enzo foi um jogador, driblador extremamente técnico, veloz e ainda chutava muito bem com as duas pernas. Torcedor do Peñarol, integrou as categorias de base do clube, mas desistiu de jogar do time aurinegro em virtude de continuar estudando. Perto de concluir o ensino médio, assinou com o Wanderers, equipe pelo qual fez sua estreia como profissional em 1980. Rapidamente caiu nas graças da torcida com lances de puro talento. Levou o clube ao vice-campeonato uruguaio logo em sua primeira temporada e em seguida teve uma boa participação na Libertadores. Em 1983, foi contratado pelo River Plate da Argentina. Teve um início complicado, mas na segunda temporada pelo clube começou a desempenhar um ótimo futebol, que melhorou ainda mais em 1985, quando foi campeão argentino e melhor jogador da competição. A empresa do ramo automobilístico, Matra, investiu no clube Racing Paris, recém promovido à primeira divisão da França, contratando Francescoli e algumas estrelas para seu time. Apesar de boas expectativas, a equipe brigou para não cair, se livrando da Ligue 2 pelas grandes partidas e os catorze gols marcados pelo meia uruguaio. Jogou mais duas temporadas pelo Racing, brilhando individualmente. Com o grande sucesso na França, foi contratado pelo Olympique de Marseille, onde jogou muito bem, encantou a torcida e faturou o Campeonato Francês 1989/1990. Um torcedor especial do clube, Zinedine Zidane, tornou-se grande fã de Francescoli, afirmando que se inspirou muito no uruguaio, além de batizar um de seus filhos de Enzo. Na temporada seguinte, o meia uruguaio assinou com o Cagliari, permanecendo três anos no clube. Brigou pelo rebaixamento nas duas primeiras edições, contudo conduziu o time à sexta colocação em 1993, conquistando uma vaga na Copa da UEFA. Em seguida, disputou uma temporada no Torino sem alcançar sucessos. Com 33 anos e próximo da aposentadoria, anunciou retorno ao River Plate. Foram quatro anos de muitas glórias, conquistando três vezes o Campeonato Argentino e a Libertadores da América de 1996. Com 115 gols marcados, Enzo é o sétimo maior artilheiro da história do River. Ao aposentar-se, criou uma emissora de televisão, chamada Gol TV. Foi convidado diversas vezes para treinar alguns clubes, mas sempre recusou.
1 - Juan Schiaffino: Em uma escola de futebol conhecida pela raça, Schiaffino é uma excessão. Jogador muito técnico, veloz, forte e oportunista, costumava assumir a camisa dez dos times em que jogou e ser o grande maestro. Era um jogador muito alto, cerca de 1,93m, levando vantagem na força física e na bola aérea também. Seus chutes de longa distância, com ambas as pernas, levavam ao delírio os torcedores. Juan iniciou no Peñarol em 1943, mostrando muito talento logo aos dezessete anos de idade. Como a equipe contava com muitos craques, demorou a chegar a titularidade do time, mas participou com gols e assistências das conquistas do Campeonato Uruguaio de 1944 e 1945. No ano seguinte, assumiu a camisa dez do clube uruguaio e foi o grande "cérebro" dos títulos do Campeonato Uruguaio de 1949, 1951, 1953 e 1954. Por um valor alto para os padrões dos anos 50, o Milan contratou o uruguaio descendente de italianos. Logo em sua primeira temporada, formou grande trio ofensivo com os suecos Nordahl e Liedholm, faturando o Campeonato Italiano. No ano seguinte, o Milan disputaria sua primeira Champions League, chegando às semi-finais. O confronto que eliminou o clube italiano é tido até hoje como um dos melhores da história do futebol europeu. O Real Madrid de Di Stéfano venceu a primeira partida por 4x2 no Santiago Bernabéu, com Schiaffino marcando os dois gols Rossoneros. No jogo da volta, o Milan fez grande partida, mas venceu por 2x1 e deixou a competição. Em 1957, outra vez conquistou o Scudetto, classificando o time para a Liga dos Campeões do ano seguinte. Com atuações incríveis, Schiaffino conduziu o clube de Milão até a final da competição continental, chegando como grande favorito pelas goleadas aplicadas na campanha. Contudo, encarando novamente o Real Madrid, viu Gento e Di Stéfano brilharem na decisão e ficou com o vice. Juan ainda obteve outro título italiano em 1959, mas já veterano, trocou o Milan pela Roma no ano seguinte, jogando dois anos no time da capital. Aposentou-se em 1962, completando dezenove anos de carreira. Pela Seleção Uruguaia, Schiaffino foi o grande nome da Copa de 1950, comandando a seleção campeã da competição. Também teve ótimo desempenho na Copa do Mundo de 1954, mas parou nas semi-finais. Em 21 partidas pela Celeste, marcou oito gols. O meia-atacante também atuou em quatro partidas pela Seleção Italiana, mas não teve sucesso. Foi técnico do Peñarol nos anos 70, mas não conseguiu aplicar seu conhecimento dentro de campo treinando a equipe e tornou-se corretor de imóveis. Faleceu em 2002, aos 77 anos.
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