10 - Francesco Totti: Filho de torcedores Romanos, Totti já frequentava o estádio Olímpico, para ver a Roma jogar desde criança. Iniciou em clubes menores da capital italiana, mas teve seu primeiro contrato com a Lazio. Ao saber que surgia uma promessa italiana, um verdadeiro camisa dez, que era um torcedor dos "Giallorossi", a Roma tratou de investir no garoto Francesco, de apenas treze anos. Aos dezesseis, estreou pelo time principal, na vitória de 2x0 sobre o Brescia. Dias após a estreia do "banbino", O Milan ligou para o jogador, oferecendo um alto salário, estudos e outros benefícios, porém, sem pensar duas vezes, Totti afirmou que só queria saber da Roma. Com a sequência de jogos, começou a ganhar apoio da torcida, mostrando toda sua habilidade, visão de jogo e poder de finalização. Com a idade avançada, Totti começou a ser utilizado como atacante, não desgastando-se tanto em campo. É sem dúvidas o maior ídolo da história da Roma, sendo também o maior artilheiro do clube e o segundo jogador que mais fez gols da história da Série A Italiana. Apesar das glórias individuais com sua equipe, Totti tornou-se campeão do Campeonato Italiano apenas da temporada 2000/2001. Pela Seleção Italiana, Francesco Disputou as Eurocopas de 2000 e 2004, além das Copas do Mundo de 2002 e 2006, onde foi um dos melhores jogadores do torneio e campeão junto com a esquadra Azzurra. Anunciou em 2007 que não vestiria mais a camisa de sua seleção, tendo em vista que com seus problemas físicos não poderia jogar tantos jogos pela Roma, dando preferência para seu clube.
9 - Valentino Mazzola: Um dos jogadores mais completos da história. Mazzola dominava todos os quesitos necessários para um meia atacantes: velocidade, técnica, visão de jogo, passes e lançamentos precisos, vitalidade, dribles, cabeceio, impulsão e chutes precisos. Há quem diga que em momentos do jogo, quando seu time precisava se defender, ele marcava melhor que muitos zagueiros. Seu primeiro grande clube da Itália foi o Veneza, onde teve boas atuações e conquistou a Copa da Itália. Com o sucesso, foi então contratado pelo Torino, a grande potência italiana da década de 40. Como um "maestro" na meia cancha, Mazzola conduziu o clube a um fato inédito até hoje, o Torino sagrou-se cinco vezes seguida campeão da Série A italiana. Infelizmente a história deste craque terminou com um final trágico. Voltando de um amistoso contra o Benfica, o avião que trazia os jogadores do Torino de volta à Itália caiu, matando praticamente todos os tripulantes, inclusive Valentino. Pela Seleção Italiana, marcou quatro gols em doze partidas, servindo a equipe de 1942-1949. Por causa da Segunda Guerra Mundial, não teve a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo. Mazzola deixou um filho, Sandro Mazzola, meio campo de muita qualidade, que jogou pela Inter de Milão em toda sua carreira. Em campo pela Azzurra, Sandro conquistou a Eurocopa de 1968 e chegou ao vice-campeonato da Copa do Mundo de 1970, perdendo a final para o Brasil de Pelé. Além disso, jogou também as Copas de 1966 e de 1974.
8 - Gianluigi Buffon: "Gigi" é ao lado do goleiro mexicano Antonio Carbajal e do alemão Lothar Matthäus, um dos três jogadores que já disputaram cinco Copas do Mundo (1998/2002/2006/2010/2014). Porém, pode bater esse recorde ainda por estar em atividade, em alto nível e disposto a bater essa meta. Iniciou sua carreira no Parma, onde ficou por cinco anos e conquistou o título mais importante da história do clube, a Copa da UEFA da temporada 1998/1999. Com as grandes atuações, ganhou uma chance na Seleção, logo aos dezenove anos, e em 2001 acertou com a poderosa Juventus. Há quatorze anos na "Vecchia Signora", Buffon é, e sempre foi, unanimidade defendendo seu time. Conquistou até o momento cinco Scudettos, e agora está muito próximo do sexto. O que falta em sua carreira é uma Liga dos Campeões, título não conquistado pela Juve desde 1996. Atualmente, Buffon tem 502 presenças defendendo a Juventus. Pela Azzurra, Gigi já atuou em 146 partidas, tornando-se o atleta com maior número de presenças pela Itália. Foi muito importante na conquista do tetra em 2006, com grandes atuações e ainda sendo um líder em campo.
7 - Fabio Cannavaro: Apesar de não ter uma grande estatura, foi um zagueiro excelente, inclusive no jogo aéreo. Cannavaro destacava-se por sua raça, técnica, seu grande impulso e pela liderança. Iniciou no Napoli, no mesmo período que Maradona estava jogando pelo clube. Em 1995, tranferiu-se para o Parma, onde presenciou os melhores momentos da história do time. Ao lado de Buffon, Thuram, Crespo e Verón, venceu a Copa da Itália e a Copa da UEFA da temporada 1998/1999. Foi um dos poucos integrantes do elenco a permanecer na temporada seguinte, já que com o destaque muitos foram para clubes maiores da Europa. Ficou no clube até 2002, tornando-se um grande ídolo. Em seguida, acertou com a Inter de Milão, Dois anos depois, foi para a Juventus, onde teve atuações incríveis e marcou sete gols em duas temporadas. Junto do treinador Fabio Capello, acertou com o Real Madrid, onde conquistou suas primeiras ligas. Assim como no Parma e na Juventus, Cannavaro foi ídolo em Madrid, jogando por três temporadas. Já no final de carreira, Fabio retornou a Juventus para jogar a temporada 2009/2010. O zagueirão já "não era mais o mesmo", e ao cometer algumas falhas frequentou o banco de reservas. Para piorar, foi pego no exame antidoping, na qual ele havia tomado uma injeção de cortisona no dia anterior a uma partida, para evitar uma reação alérgica a uma picada de uma abelha. Para finalizar sua carreira, atuou por um ano no futebol do Emirados Árabes, defendendo o Al-Ahli. Pela Seleção, Cannavaro foi o grande nome da conquista do tetra italiano em 2006. Além de capitão, foi apelidado de "muro de Berlim", por não deixar nada penetrar a defesa Azzurra na Copa disputada na Alemanha. Ao todo, disputou 136 partidas e marcou dois gols pela Itália. Disputou quatro Copas consecutivas (1998/2002/2006/2010). Atualmente, Cannavaro é o técnico do milionário clube chinês Guangzhou Evergrande,
6 - Dino Zoff: Apesar de ser um goleiro baixo (1,82 m) parecia gigante de baixo das traves, crescendo para cima dos atacantes. Começou na Udinese, onde mostrou que era uma grande promessa. Mudou-se para o Mantova, permanecendo como titular de 1963 até 1967. Em seguida, transferiu-se para o Napoli, onde conquistou sua primeira chance na Seleção Italiana. Apesar de não faturar títulos com o Napoli, teve grande destaque individual chamando a atenção da poderosa Juventus. Chegou em 1972 a Turim, já sendo o goleiro titular da Azzurra. Dentro de pouco tempo, Zoff se tornou um dos queridinhos da torcida da Juventus, sendo um dos grandes jogadores da equipe nas conquistas do seis Campeonatos da Série A (72/73, 74/75, 76/77, 77/78, 80/81 e 82/83), da Copa da UEFA (76/77) e da Copa da Itália (77/79, 82/83). Dino resolveu se aposentar na temporada de 1982/1983, quando já havia completado 41 anos de idade. Pela sua seleção, disputou as Copas do Mundo de 1970, 1974, 1978 e 1982, conquistando a última delas. Sagrou-se campeão também da Eurocopa de 1968. Atuando pela Azzurra, Zoff completou 112 partidas. Além de sua carreira como técnico, também foi treinador de futebol, dirigindo a Seleção Italiana, a Lazio, a Fiorentina e a Juve.
5 - Paolo Maldini: Poucos filhos de jogadores de futebol conseguem ser melhores que o pai, mas Paolo foi um deles. Filho de Cesare Maldini, zagueiro que disputou a Copa de 1962, Paolo era um zagueiro completo, bom na bola aérea, um marcador implacável, forte, técnico, ambidestro e ainda podia jogar nas laterais e como volante. É um dos maiores ídolos da história do Milan, sendo também o jogador que mais atuou pelo clube (902 jogos) e capitão da equipe de 1997 até 2009. Outro recorde batido por Maldini é o de jogador que mais disputou partidas da Série A italiana. Conquistou sete vezes o Campeonato Italiano (88/92/93/94/96/99/04), cinco Champions League (89/90/94/03/07), uma Copa da Itália (2003), um Mundial Interclubes (2007), entre outros títulos. Vestiu apenas a camisa Rossonera, por 25 anos. Pela Seleção Italiana, Paolo estreou aos dezenove anos, em um amistoso diante da Iugoslávia. Disputou três Eurocopas (1988/1996/2000) e quatro Copas do Mundo (1990/1994/1998/2002), porém nunca foi campeão com a Azzurra. Foi convocado para integrar o elenco na Copa de 2006, mas já em fim de carreira, preferiu descansar e se preparar para defender o Milan na temporada seguinte.
4 - Franco Baresi: Mais um grande zagueiro/líbero italiano. Assim como Maldini, jogou por toda sua carreira no Milan, chegando inclusive a fazer dupla de zaga com o companheiro. Atuou 719 vezes pelo clube Rossonero, marcando 33 gols. Franco foi um zagueiro "elegante", que gostava de sair para o jogo, fazendo bons passes e lançamentos após desarmar os adversários. Tinha um posicionamento incrível, tanto para defender como para atacar, e isso foi fundamental para que jogasse tantas partidas, pois não se desgastava tanto em campo. Apesar de dividir muitas bolas e de usar muito seu corpo em divididas, era limpo, cometendo poucas faltas ao longo de sua carreira. Por seu clube, venceu as edições do Campeonato Italiano 1978/1979, 1987/1988, 1991/992, 1992/1993, 1993/1994 e 1995/1996, a Liga dos Campeões 1988/1989, 1989/1990 e 1993/1994 e demais títulos de menor escalão. Curiosamente, seu irmão, Giuseppe Baresi, atuou por quase toda sua carreira pelo principal rival do Milan, a Internazionale. Pela Seleção Italiana, Franco foi campeão mundial na Copa de 1982, apesar de não entrar em campo. Em 1986, teve problemas com o técnico Enzo Bearzot, que preferiu convocar seu irmão para o Mundial. Baresi esteve presente nas Copas seguintes, chegando à final em 1994, contudo foi derrotado nos pênaltis pelo Brasil. Vestiu a camisa Azzurra 82 vezes e marcou dois gols.
3 - Giuseppe Meazza: Maior ídolo da história da Inter de Milão. Sua moral é tão grande na Itália, que ao se referirem ao período em que o meia-atacante atuou (1927-1947), chamam de "os anos Meazza". Destacava-se pelo seu estilo único de jogar, executando belos dribles, marcando belos gols e intimidando os goleiros adversários, na qual Meazza parava a bola, chamava para que viessem até ele desarmá-lo, e por fim os driblava e completava a jogada com o gol vazio. Giuseppe jogou pelo Milan, Juventus, Atalanta e Varese, mas foi pela Internazionale que o craque se consagrou. Foi "o cara" dos três primeiros títulos nerazzurri (Série A 29/30 e 37/38 e a Copa da Itália 38/39), além de artilheiro do Campeonato Italiano por quatro temporadas e o maior artilheiro da história do clube, com aproximadamente 284 gols. Meazza também tem uma linda carreira com a camisa Azzurra, erguendo o troféu das Copas do Mundo de 1934 e 1938, sendo eleito o melhor jogador da primeira. Balançou as redes adversárias 33 vezes em 53 jogos. Após anunciar sua aposentadoria, foi técnico da Atalanta, Internazionale, Besiktas, Pró-Patria e da Seleção Italiana. Ao falecer (1979), foi homenageado por sua cidade natal, Milão, dando nome ao estádio municipal, onde os dois grandes clubes disputam suas partidas.
2 - Roberto Baggio: Um dos maiores jogadores dos anos 90, vencedor da Bola de Ouro de 1993. Aliava técnica, velocidade, finalização certeira, visão de jogo e ainda era muito bom nas bolas paradas. Chegou a ser apelidado de "Zico italiano", pelo estilo de jogo semelhante ao craque brasileiro. Iniciou no Vicenza, vencendo a Série C italiana. Chamou a atenção da Fiorentina, que levou o garoto para Florença. Ao chegar, demorou para poder estrear pela equipe, já que lesões perseguiam a revelação italiana. Se firmou na equipe na temporada 87/88, quando marcou 30 gols em 35 jogos, tornando-se ídolo da torcida não só pela produtividade, mas também pela plasticidade de seus dribles, passes e gols. Em 1990, foi vendido a Juventus contra sua vontade., o que revoltou ainda mais a torcida da "Viola". Centenas de torcedores protestaram, depredando veículos, estabelecimentos comerciais e patrimônios públicos. Mais de 250 pessoas ficaram feridas no tumulto e os diretores do clube tiveram que viver sob escolta por alguns meses. Ao enfrentar a Fiorentina pela primeira vez, negou-se a bater um pênalti, que foi desperdiçado por um companheiro, além disso teve uma má atuação, foi aplaudido pela torcida do clube de Florença e há quem diga que beijou um cachecol de cor violeta no final da partida. A torcida bianconera ficou muito irritada e por pouco não linchou Roberto. Passado o episódio e a revolta dos torcedores, Baggio começou a fazer gols e partidas sensacionais, conquistando o público alvi-negro de Turim. Pela "Vecchia Signora", conquistou a Copa da UEFA de 1993 e a Série A 94/95, sendo também o melhor jogador e artilheiro. Na temporada seguinte, Berlusconi "fez de tudo" para conseguir levar Roberto para Milão, contratando o craque para o Milan. Venceu novamente o Campeonato Italiano, tendo mais um grande ano. Na temporada 97/98, Baggio sofreu uma grave lesão e rescindiu seu contrato com o Milan. Foi para o Bologna, onde marcou 22 gols no campeonato e conseguiu superar a lesão que o incomodava. Voltou a Milão, mas desta vez para jogar na Inter. Fez boa dupla com Ronaldo (Fenômeno), mas ambos lesionavam-se frequentemente, não conseguindo o entrosamento esperado. Aos 35 anos, em fim de carreira, Roberto acertou sua transferência para o pequeno Brescia. Novamente conviveu com lesões, mas sempre que estava em campo dava um show. Durante seu período no time, conduziu-o à Copa da UEFA, pela primeira vez na história do clube, além de não cair para a Série B.Pela Seleção, Baggio disputou as Copas de 1990/1994/1998. Com certeza, todo brasileiro lembra do pênalti de 1994, que foi "isolado" por Roberto e garantiu o Tetra ao Brasil. Apesar do infeliz momento de desgraça, foi um dos craques do Mundial, sendo o grande responsável por conduzir a Azzurra até a final da competição.
1 - Silvio Piola: O jogador italiano mais completo, reunindo força, velocidade, habilidade, tempo de bola perfeito, bom cabeceio, chutes potentes com as duas pernas e passes precisos. Começou sua jornada no futebol atuando pelo Pro Vercelli. Hoje em dia poucos conhecem este clube, mas no início do século XX, o time faturou nada menos que sete Scudettos. Com as grandes partidas e a fama adquirida, a Lazio, clube do partido fascista na época, comprou o jogador. Em nove anos de Lazio, Piola marcou 148 gols e se tornou o maior artilheiro da história do clube. Com a Segunda Guerra Mundial acontecendo, Piola foi convocado para defender seu país no conflito, deixando a Lazio e o futebol. Foi dado como morto pelas forças militares, mas em Turim chegou a notícia de que o craque estava vivo e havia acertado com o Torino. Ficou apenas uma temporada no clube, marcando incríveis 27 gols em 23 jogos. A Juventus tirou Silvio do principal rival no ano seguinte. Apesar de jogar nos maiores clubes italianos da época, Piola infelizmente não conseguiu conquistar nenhuma Série A. É até hoje o maior artilheiro da história da competição, com 274 gols anotados. Já no final de sua carreira, jogou pelo Novara, na Série B italiana, conquistando então seu primeiro título por um clube. Jogando pela Azzurra, Piola foi o grande craque da Copa de 1938, quando a Itália bateu a Hungria na final e levantou o Bi. Silvio foi o melhor jogador e o vice-artilheiro da competição, marcando dois gols na grande decisão. Só não disputou mais Mundiais porque com a Guerra Mundial não houveram. Outro marco na carreira deste atacante, é a média de gols de 0,88 por partida vestindo as cores da Itália, sendo 30 gols em 34 jogos. O eterno artilheiro do "Calcio" faleceu em 1996, aos 83 anos de idade.
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