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Top 10 Melhores Jogadores da História do Japão

10 - Shinji Okazaki: Atacante veloz, oportunista e habilidoso, costuma ser um adversário difícil de ser marcado pelos zagueiros. Okazaki começou no S-Pulse, após se destacar em torneios escolares. Em cinco anos na equipe, marcou 42 gols e chamou a atenção de clubes europeus. Chegou a disputar a final da J-League 2008, mas o S-Pulse foi derrotado pelo Oita Trinita. No início de 2011, o Sttutgart contratou o atacante japonês para compor o elenco na janela de inverno. Shinji chegou de maneira discreta e marcou alguns gols importantes para o time alemão, em especial o gol de bicicleta diante do Hannover, selecionado entre três gols mais bonitos da Bundesliga daquele ano. Em sua segunda temporada, Okazaki perdeu espaço com algumas lesões pequenas, ficando a maior tempo na reserva e no departamento médico. Trocou o Sttutgart pelo Mainz na temporada 2013/2014, buscando mais oportunidades e titularidade. Fez duas ótimas temporadas pela sua nova equipe, marcando 27 gols em 65 jogos, e foi um dos jogadores mais aclamados pela torcida. Em julho de 2015, o Leicester contratou Shinji pelo valor de sete milhões de libras. Assim como a equipe inglesa, que vem fazendo uma temporada incrível na Premier League, Okazaki vem tendo ótima performance e destacando-se com gols e assistências. Pela Seleção, disputou as Copas de 2010 e 2014, além da Copa das Confederações 2013. Foi campeão da Copa da Ásia 2011. Até o momento, soma 96 atuações e 47 gols anotados.


9 - Yoshikatsu Kawaguchi: Com apenas 1,78m, estatura muito baixa para um goleiro, Kawaguchi teve como características a velocidade, a elasticidade e uma boa performance em defender pênaltis. Destacando-se nos torneios universitários, foi contratado pelo Yokohama Marinos em 1994. Sobressaindo-se na posição, foi convocado pela Seleção Japonesa Olímpica em 1996, onde ficou conhecido mundialmente após a vitória de 1x0 sobre a Seleção Brasileira, praticando belas e seguras defesas. Retornando a seu clube no Japão, conquistou prêmios individuais e a J-League duas vezes. Na Copa de 1998, teve um bom desempenho, apesar de sua equipe cair fora na primeira fase. Em 2001, mais um episódio de sucesso entre Kawaguchi e a Seleção Japonesa. Na Copa das Confederações a equipe chegou até a final da competição sem sofrer um gol sequer, mas perdeu por 1x0 a final para a França. Yoshikatsu foi eleito o melhor goleiro do torneio, e logo em seguida conseguiu um contrato com o Portsmouth, sendo o primeiro goleiro japonês a jogar na Inglaterra. Neste meio tempo, disputou a Copa do Mundo de 2002, fazendo uma boa primeira fase, mas sendo eliminado nas oitavas de final, quando todos esperavam que o Japão mostrasse mais força como sede da competição. Ficou por dois anos no clube inglês, conquistando a segunda divisão do país, porém a pequena quantidade de oportunidades recebidas pelo técnico o fez trocar de clube, indo para o Nordsjaelland da Dinamarca. No novo clube, a rotina de ficar a maior parte do tempo no banco de reservas continuou, e Kawaguchi deixou a equipe em 2005 tendo atuado em apenas oito partidas. Retornou ao seu país e assinou com o Jubilo Iwata, tornando-se grande ídolo deste clube após oito anos de serviços prestados. Em 2006 e em 2010, foi convocado pela Seleção Japonesa para as Copas do Mundo, sendo capitão desta última. Jogou pelo Gifu em 2014, e atualmente está no pequeno Sagamihara, tendo rendimento agradável mesmo estando com 40 anos de idade. Ao todo, soma 116 jogos pelos "Samurais Azuis".


8 - Junichi Inamoto: Volante moderno, este japonês tem como características o passe, a habilidade, a marcação e uma grande facilidade para chegar à área adversária para marcar gols. Começou sua jornada futebolística no Gamba Osaka, onde não foi campeão de nada, mas conquistou o título de revelação da J-League 2000. Ainda com contrato com o Gamba, foi emprestado ao Arsenal em 2001, mas pouco jogou. Após a Copa de 2002, na qual teve grande destaque, foi emprestado novamente para um time inglês, o Fulham. Pelos Cottagers, Inamoto teve duas boas temporadas, estando frequentemente no time titular. Ao fim de seu empréstimo, o West Bronwich contratou o meio-campista. Sem agradar, foi emprestado ao Cardiff, onde também não conseguiu ter uma boa sequência de jogos. Em seguida, rodou por Galatasaray, Frankfurt e Rennes, não conseguindo repetir as boas atuações que chamaram a atenção do mundo em 2002. Retornou ao Japão em 2010, assinando contrato com o Kawasaki Frontale, time pelo qual atuou até 2014. No momento, Junichi vem jogando pelo Consadole, e aos 36 anos, encaminha-se para uma aposentadoria dentro dos próximos anos. Pela Seleção Japonesa, Inamoto passou por quase todas as equipes de base, tendo sua primeira convocação à equipe principal em 2000, quando participou da conquista da Copa da Ásia. Dois anos mais tarde, na Copa do Mundo de 2002, surpreendeu a todos que esperavam ver Nakata liderando a os "Samurais" em campo. Teve atuações brilhantes, fez belos gols e foi o artilheiro do time na competição. Esteve também nos elencos das Copas de 2006 e 2010, tendo ao todo cinco gols em 83 partidas por seu país.


7 - Shinji Kagawa: Meia de muita criatividade, habilidade e movimentação, foi levado a uma escolinha de futebol do Barcelona no Japão logo aos doze anos de idade, aperfeiçoando suas habilidades até assinar um contrato com o Cerezo Osaka. Encantou os torcedores com seus belos gols e seu repertório de dribles, mas apesar do destaque individual o time não teve sucesso nos primeiros anos. Em 2009, Kagawa foi artilheiro da segunda divisão japonesa e conduziu o Cerezo à volta a elite, com o vice campeonato. O destaque não passaria despercebido, o Borussia Dortmund investiu alto e levou o jovem japonês para seu elenco em 2010. Em sua primeira temporada, mostrou bom futebol e chegou a titularidade. Já na segunda, brilhou com a equipe que sagrou-se campeã da Bundesliga 2011/2012. Kagawa foi eleito o melhor meia da competição, marcando treze gols e dando nove assistências. Alex Ferguson gostou muito do futebol de Shinji, fazendo o Manchester United desembolsar quinze milhões de euros para contratá-lo. Infelizmente, Kagawa não se adaptou ao estilo de jogo do United, sendo um pouco recuado na formação padrão de Ferguson. Após dois anos na Inglaterra, retornou ao Dortmund, onde hoje voltou a ter uma boa fase. Kagawa tem apenas 27 anos e ainda pode evoluir tecnicamente. Pela Seleção Japosena, Shinji participou do título da Copa da Ásia 2011, teve uma notória atuação na Copa das Confederações 2013, e disputou sua primeira Copa do Mundo em 2014. Até o momento, possui 23 gols em 77 jogos pelos "Samurais".


6 - Yasuhito Endo: Jogador que possui o maior número de jogos pela Seleção Japonesa, 152 partidas. Endo é um meia central que sabe bater muito bem na bola, que dificilmente erra passes e é um líder nato. Seu primeiro clube foi o Yokohama Flugels, mas ganhou destaque no Purple Sanga em 2000 e 2001. Em seguida foi para o Gamba Osaka, onde está até hoje. Nos quinze anos que está no clube, Endo tornou-se o jogador com maior número de atuações, passando de 500 jogos, o maior ídolo da história do time, conquistou treze títulos (duas J-League, 2005 e 2014), marcou mais de 100 gols e foi premiado individualmente inúmeras vezes, inclusive sendo integrante da Seleção do Campeonato Japonês doze anos consecutivos (de 2003 até 2015). Em 2016, aos 36 anos de idade, Yasuhito entrará em campo pelo Gamba Osaka com seu contrato renovado. Atuando pelos "Samurais", Endo conquistou duas Copas da Ásia (2004 e 2011) e disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014.


5 - Keisuke Honda: Quando criança, passou pelas categorias de base do Cerezo Osaka, mas precisando estudar resolveu sair do clube. Anos mais tarde, teve atuações espetaculares em um torneio escolar, tendo em seguida seu primeiro contrato profissional pelo Nagoya Grampus. Foi lançado no clube como volante, sendo titular em 2006. No ano seguinte, quando foi adiantado como um meia atacante, deslanchou e fez uma grande temporada. Sef Vergoossen, treinador holandês, conheceu Honda quando comandava o Gamba Osaka, e ao ver a evolução do atleta japonês, resolveu contratá-lo para o clube que dirigia em 2008, o VVV-Venlo. Logo em seu primeiro ano na Holanda, teve boas atuações e foi titular, porém o clube foi relegado para a segunda divisão. Na temporada seguinte, Honda comandou o time que foi campeão da "Segundona", sendo capitão, craque do time, ídolo da torcida e melhor atleta da competição. Após as boas aparições na Holanda, teve seu nome especulado no Ajax e no Liverpool, mas acabou acertando com o CSKA. Na Rússia, Keisuke também foi ídolo, conquistando uma Copa da Rússia e um Campeonato Russo nos três anos que atuou no clube de Moscou. Em 2014, acertou com o Milan, onde vem desempenhando um bom futebol até o momento. Com os "Samurais Azuis", Honda teve seu melhor momento na Copa de 2010, onde chegou a ser considerado um dos melhores jogadores da competição na fase de grupos. Esteve bem também na Copa da Ásia 2011, na Copa das Confederações 2013 e na Copa do Mundo 2014. Até o momento, possui 70 internacionalizações e 28 gols.


4 - Kazuyoshi Miura: Aos quinze anos de idade, Miura largou tudo no Japão e decidiu vir ao Brasil para arriscar a sorte no futebol. Conseguiu seu primeiro contrato com o Juventus de São Paulo, onde profissionalizou-se. Foi apelidado de Kazu pelos companheiros de time e disputou torneios de base pelo "Moleque Travesso", chamando a atenção do Santos, clube que contratou-o em 1986. Miura mostrava muita velocidade e faro de gol quando chegou ao Brasil, mas aqui conseguiu desenvolver boa técnica e dribles. Sem se firmar no "Peixe", foi emprestado para o Palmeiras, CRB, XV de Jaú e Coritiba, onde conquistou seu primeiro título, o Campeonato Paranaense de 1989. No começo de 1990, foi aproveitado pelo Santos no Campeonato Paulista e marcou dois gols. Ao fim da competição, recebeu uma boa proposta do Yomiuri, retornando ao seu país natal. Em 1993, foi contratado pelo Verdy Kawasaki e com exibições espetaculares foi artilheiro e melhor jogador da J-League. O sucesso lhe rendeu um empréstimo ao Genoa, onde passou a temporada 1994/1995. Não teve o mesmo sucesso na Itália e foi devolvido ao Verdy, voltando a jogar bem. Passou também pelo Dinamo de Zagreb em 1999, e pelo Purple Sanga no ano seguinte. Em 2001, teve uma nova fase boa pelo Vissel Kobe. Ainda jogou pelo Yokohama e Sydney FC, aposentando-se em 2005. Pela Seleção Japonesa, Kazu teve ótimas aparições. Foi artilheiro das eliminatórias para a Copa de 1994, mas com a perda da vaga na última rodada não pôde disputar a competição. Nas eliminatórias seguintes, Miura fez os dois gols que classificaram o Japão para a Copa de 1998, mas surpreendentemente, o técnico Takeshi Okada barrou o atacante para convocar o jovem Ono. Kazu encerrou sua carreira sem disputar nenhum Mundial, para desgosto pessoal e de seus fãs. Ao todo, somou 55 gols em 89 jogos pelos "Samurais". Atualmente, o atleta disputa torneios de futsal.


3 - Shunsuke Nakamura: Um dos maiores cobradores de faltas de todos os tempos. Shunsuke sabe colocar a bola com força como poucos, fazendo o movimento e o chute perfeito para desnortear barreiras e goleiros. Além disso, é um meia ao estilo clássico, que sabe passar, lançar, chutar, driblar e tem uma visão de jogo apurada. No futebol brasileiro, Ganso se assemelha um pouco ao estilo de Nakamura, porém com um poder de finalização muito menor. Com um talento nato, "Naka" começou a treinar logo aos cinco anos de idade. Aos 19 anos fez sua estreia como profissional pelo Yokohama Marinos, seu clube de coração. Teve cinco temporadas brilhantes, batendo recordes de números de assistências, sendo vice-campeão e melhor jogador da J-League de 2000. No ano de 2002, sentiu que era a hora de ir para a Europa, e com uma boa proposta do Reggina, chegou ao futebol italiano. Seus dois primeiros anos não foram os melhores, já que havia sofrido com lesões, mas no terceiro foi o destaque no time. Na sequência, acertou com o Celtic, conquistando já no primeiro ano o Campeonato Escocês e a Copa da Liga Escocesa. A próxima temporada viria a ser ainda melhor, conquistando novamente o Campeonato Escocês e ainda a Copa da Escócia, na qual Nakamura marcou o gol do título em uma belíssima cobrança de falta. Pra completar, o japonês ainda foi eleito o melhor jogador da Escócia da temporada 2006/2007. Seu nome foi especulado no Liverpool, Arsenal e até no Barcelona, mas Shunsuke se sentia muito bem no Celtic, era idolatrado pela torcida e resolveu continuar sua saga no clube. Novo ano chegou e novas conquistas: o tricampeonato do Campeonato Escocês e a Copa da Liga Escocesa, marcando novamente o gol do título. Em junho de 2009, acertou com o Espanyol, mas pouco ficou, já que ele e sua família não se adaptaram à Espanha e não gostaram do tratamento recebido. Chegou a viajar para a Inglaterra para fechar com o Middlesbrough, mas com alguns desacordos entre seu empresário e o time inglês, voltou para seu país natal e firmou contrato com seu time favorito, o Yokohama Marinos. De 2010 até o presente momento, Nakamura vem brilhando pelo Marinos, marcando muitos gols, dando muitas assistências e conquistando títulos, como a Copa do Imperador 2013. Zico afirmou em uma entrevista que "Naka" foi o melhor jogador com quem ele trabalhou como técnico. Em 98 partidas com a camisa da Seleção Japonesa, anotou 24 gols. Disputou as Copas de 2006 e 2010, mas teve grande destaque na Copa das Confederações de 2003, onde marcou três gols, na Copa da Ásia 2004, sendo campeão, e na Copa das Confederações 2005.


2 - Kunishige Kamamoto: O primeiro grande jogador japonês. Atacante de boa estatura para os padrões japoneses, tinha uma facilidade incrível de marcar gols, mas também era habilidoso, veloz e bom passador. Em 1964, conciliava seus estudos de artes na faculdade com o futebol, sendo inclusive convocado para as Olimpíadas, onde foi o artilheiro e conquistou a medalha de bronze. Ao retornar, continuou jogando por sua universidade até se formar e ser contratado pelo Yanmar Diesel (equipe que desde 1993 é conhecida por Cerezo Osaka). Kamamoto atuou por este clube toda sua carreira, completando quase 20 anos no time. É o maior jogador de sua história, assim como maior ídolo, ultrapassando a marca de 250 partidas e 200 gols marcados. Conquistou o Campeonato Japonês quatro vezes, foi artilheiro desta mesma competição em sete oportunidades e integrou a seleção do campeonato nacional catorze vezes. Se aposentou em 1984 em um amistoso que contou com a ilustre presença de Pelé. É o maior artilheiro da Seleção Japonesa, com a incrível média de 76 atuações e 75 gols anotados. Infelizmente, pelo fato do Japão não conseguir se qualificar a nenhuma Copa do Mundo neste período, Kamamoto é mais um craque histórico que nunca pôde comparecer em um Mundial. Desde 1995, o ex-atacante é um político, sendo eleito vereador, vice-presidente da Associação de Futebol Japonesa, entre outros cargos.


1 - Hidetoshi Nakata: O jogador mais completo da história do Japão. Nakata podia fazer qualquer função no meio de campo, marcando muito bem, dando passes primorosos, chegando com perigo à frente, tendo boas finalizações com as duas pernas, driblando com eficiência e sendo veloz. Chegou a ser indicado para a Bola de Ouro da FIFA por quatro temporadas. Aos dezoito anos conseguiu seu primeiro contrato, assinado pelo Bellmare. Em três anos no clube, disputou três finais, conquistando a Liga dos Campeões da Ásia 1996. Após ter boas atuações na Copa do Mundo de 1998, recebeu uma tentadora proposta do Perugia e transformou-se no segundo jogador japonês a jogar na Itália. Ficou por duas temporadas na equipe, agradando muito a torcida, os dirigentes e a crítica esportiva italiana. Em 2000, foi contratado pela Roma por 42 milhões de libras, e conquistou o Campeonato Italiano ao lado de Totti, Batistuta, Cafú e cia. Por um valor ainda maior, cerca de 55 milhões de libras, trocou o time da capital italiana pelo Parma na temporada seguinte. Foi peça chave no título da Copa da Itália 2001/2002, marcando um importante gol na final diante da Juventus. Nakata teve mais dois ótimos anos no Parma, sendo um dos ídolos da torcida. Jogou ainda por Bologna e Fiorentina na Itália, trocando de país em 2005 ao ser emprestado para o Bolton. Na Inglaterra, Hidetoshi fez mais uma boa temporada e surpreendeu a todos anunciando sua aposentadoria do futebol aos 29 anos de idade, logo após a Copa do Mundo de 2006. Oito anos após parar, ao ser perguntado porque encerrou sua carreira precocemente, Nakata respondeu: “Dia após dia, eu percebia que o futebol tinha se tornado apenas um grande negócio. Eu podia sentir que o time estava jogando apenas por dinheiro, não pelo gosto de se divertir. Eu sempre senti que a equipe era como uma grande família, mas já não era mais assim. Eu estava triste. Por isso que parei com apenas 29 anos. Se eu pensei em voltar atrás? A todo o tempo e, ainda penso nisso, aos 37 anos. Mas, quando parei, era uma decisão definitiva”. Pelos "Samurais Azuis", o meia disputou três Mundias (1998, 2002 e 2006), duas olimpíadas e três Copa das Confederações, somando 77 jogos e onze gols. Atualmente, o ex-craque viaja pelo mundo para conhecer novas culturas.