Neste Top 10, levo em conta jogadores nascidos nos países da Iugoslávia, que ao se desintegrar originou: Sérvia, Macedônia, Croácia, Eslovênia, Bósnia, Kosovo e Montenegro. Muitos podem nem ter atuado pela Seleção Iugoslava, propriamente dita, mas nasceram ou atuaram em algum destes países.
10 - Dejan Petković: O grande ídolo flamenguista do século XXI, o "Pet", iniciou sua carreira no Radnicki Nis, clube sérvio. Se destacava por sua técnica, bons passes e chutes certeiros nas categorias de base, subindo para o profissional com apenas dezesseis anos de idade. Em 1991, foi contratado pelo Estrela Vermelha, recém campeão da Champions. Como o elenco era recheado de estrelas iugoslavas, Dejan demorou para se firmar na equipe titular. Com a saída de alguns jogadores titulares para grandes clubes europeus, Pet conquistou sua vaga na equipe principal e foi o craque do Campeonato Iugoslavo 94/95, jogando todas as rodadas e levantando pela terceira vez o título deste torneio. Considerado a maior promessa europeia do momento, foi contratado pelo Real Madrid. Apesar de começar marcando o gol da vitória no clássico diante do Atlético de Madrid por 3x2, não conseguiu deslanchar e após fazer apenas oito jogos, foi emprestado para o Sevilla e em sequência para o Racing Santander. Ao voltar para o Real Madrid, ficou disputando amistosos com a equipe B do time merengue, e em uma destas partidas enfrentou o Vitória da Bahia. Após fazer um ótimo jogo, aceitou o convite para jogar no clube baiano, que também havia contratado Bebeto e Túlio. Desconhecido no Brasil até o momento, surpreendeu ao ofuscar os outros craques do time, marcando 59 gols em três anos no time. Conquistou a Copa do Nordeste e dois Campeonatos Baiano. Com uma proposta do Venezia, resolveu tentar novamente ter sucesso na Europa. Entretanto, mais uma vez não conseguiu se dar bem e voltou para o Brasil para jogar no Flamengo. Petkovic tornou-se ídolo em pouco tempo, conquistando dois Campeonatos Carioca e uma Copa dos Campeões. Teve seu auge ao marcar um gol no último minuto diante do Vasco, onde a bola foi parar na "gaveta" e o Flamengo venceu o Cariocão. Contudo, salários atrasados, briga com o colega Edílson e desentendimentos com o presidente, fizeram o craque trocar a Gávea por São Januário. Sem conquistar os torcedores, logo saiu do Vasco rumo à China, onde conquistou o campeonato nacional pelo Shanghai Shenhua. Voltou ao Vasco para salvar o time do rebaixamento, e conseguiu. Ainda rodou pelo mundo árabe, Fluminense, Goiás, Santos e Atlético Mineiro, variando entre momentos bons e ruins, mas sempre fazendo belíssimos gols com suas cobranças de faltas. Já em fim de carreira e desacreditado, o meia sérvio aceitou jogar pelo Flamengo, sua paixão, na qual receberia apenas os salários atrasados devidos pelo time rubro-negro desde 2002. O que ninguém esperava é que Pet fosse o maestro do título do Campeonato Brasileiro de 2009, conquistado pelo Flamengo, fazendo grande dupla com o Imperador Adriano. Petkovic foi o melhor meia do campeonato, foi decisivo nos momentos cruciais e ainda marcou muitos golaços. Infelizmente, não teve muitas oportunidades pela Seleção Iugoslava, jogando somente seis partidas. Acredito que pelo fato de não atuar na Europa, houve um certo "preconceito" por parte dos técnicos e da Federação Iugoslava, pois afinal de contas eles mesmos sabiam que Dejan era muito melhor que alguns jogadores que eram convocados. Além dos feitos dentro das quatro linhas, como as grandes jogadas, as cobranças de faltas incríveis e os gols olímpicos (recordista mundial com 9 gols), Pet também é um homem culto, é formado em enfermagem, um investidor do ramo imobiliário, dono de restaurante, católico praticante e poliglota.
9 - Robert Prosinečki: Primeiro e único jogador a marcar gol por dois países diferentes em Copas. Em 1990, marcou diante dos Emirados Árabes, jogando pela Iugoslávia. Na Copa de 1998, atuando pela Croácia, marcou um gol contra a Jamaica e outro contra a Holanda. Prosinečki era um jogador de força, velocidade e habilidade, mas se destacava mesmo pelo incrível controle de bola, dando a impressão de que havia "cola" entre suas chuteiras e a bola. Muitas vezes chegava a exagerar nos dribles, perdendo a objetividade das jogadas, mas com isso deixava a torcida em delírio, fazendo adversários ficarem sentados na grama. Nasceu na Alemanha Ocidental, mas é filho de imigrantes croatas. Logo em sua infância, retornou à Iugoslávia, dando seus primeiros passos no futebol pelo Dínamo Zagreb. Mesmo mostrando seu grande talento, não foi bem aceito pelo técnico Miroslav Blažević, que afirmou que o jogador nunca conseguiria ser um profissional. Robert mudou-se para o Estrela Vermelha, tornando-se muito mais do que um profissional, um ídolo do futebol iugoslavo. Foi o craque da Liga dos Campeões de 1991, na qual o time de Belgrado sagrou-se campeão. Na eleição dos melhores jogadores do mundo deste mesmo ano, foi o quarto colocado. Com o grande sucesso, foi contratado pelo poderoso Real Madrid. Na capital espanhola, Robert teve duas boas temporadas, porém não com o mesmo futebol que o consagrou em Belgrado. Logo foi descartado pelos merengues, assinando então com o Real Oviedo. Também jogou por Barcelona e Sevilla na Espanha, sem obter muito sucesso. Em 1997, retornou para o clube de sua infância, o Dinamo Zagreb. Permaneceu no clube croata por três anos, conquistando as três edições do campeonato nacional. Já veterano, começou a rodar por diversos clubes da Europa, como o Standard Liege (Bélgica), Portsmouth (Inglaterra), Olimpija Ljubljana (Eslovênia) e por fim Donalfeld (Alemanha). Seu grande momento pela Seleção Iuguslava, foi o título do Mundial Sub-20, na qual foi escolhido o melhor jogador da competição e fez o gol que eliminou o Brasil. Jogando pela Croácia, Prosinečki fez ótima Copa do Mundo de 1998, onde seu país surpreendeu o mundo e chegou às semi-finais da competição. Atualmente, o ex-meia é técnico da seleção do Azerbaijão.
8 - Branko Oblak: Este grande camisa 10, tinha como principais características a visão de jogo, o chute forte e a habilidade. Nasceu em Ljubljana, hoje capital da Eslovênia, e começou a jogar no Olimpija Ljubljana, o maior time do país. Apesar de nunca vencer competições pelo clube, é um dos maiores ídolos da história. Disputou cerca de 180 partidas pelo Olimpija, marcando 34 gols. Buscando maior visibilidade, mudou-se para o croata Hajduk Split, onde conquistou duas vezes o Campeonato Iugoslavo. Neste mesmo período, já estava integrando a seleção nacional. O Schalke 04, encantou-se com o meia, contratando-o em 1975. Em duas temporadas pelo clube de Gelsenkirchen, viveu o auge de sua carreira, jogando seu melhor futebol. Infelizmente não conquistou nenhum título pela equipe, perdendo a Bundesliga 76/77 para o Borussia Mönchengladbach por apenas um ponto. Na temporada seguinte, trocou o Schalke pelo Bayern de Munique, onde ficaria de 1977 até 1980. Nas duas primeiras temporadas, o Bayern não teve bom desempenho, vendo Colônia e Hamburgo levantarem os canecos. Contudo, em sua última temporada pelo clube, Oblak comandou a equipe que conquistou a Bundesliga para os Bávaros. No fim de sua carreira, Barnko rodou por equipes amadoras da Alemanha e da Áustria. Pela Seleção Iugoslava, o craque disputou a Copa do Mundo de 1974, quando seu país foi líder da primeira fase, mas perdeu para a campeã Alemanha logo na próxima fase. Oblak foi técnico de muitos clubes, em especial o Olimpija e a Seleção Eslovena.
8 - Branko Oblak: Este grande camisa 10, tinha como principais características a visão de jogo, o chute forte e a habilidade. Nasceu em Ljubljana, hoje capital da Eslovênia, e começou a jogar no Olimpija Ljubljana, o maior time do país. Apesar de nunca vencer competições pelo clube, é um dos maiores ídolos da história. Disputou cerca de 180 partidas pelo Olimpija, marcando 34 gols. Buscando maior visibilidade, mudou-se para o croata Hajduk Split, onde conquistou duas vezes o Campeonato Iugoslavo. Neste mesmo período, já estava integrando a seleção nacional. O Schalke 04, encantou-se com o meia, contratando-o em 1975. Em duas temporadas pelo clube de Gelsenkirchen, viveu o auge de sua carreira, jogando seu melhor futebol. Infelizmente não conquistou nenhum título pela equipe, perdendo a Bundesliga 76/77 para o Borussia Mönchengladbach por apenas um ponto. Na temporada seguinte, trocou o Schalke pelo Bayern de Munique, onde ficaria de 1977 até 1980. Nas duas primeiras temporadas, o Bayern não teve bom desempenho, vendo Colônia e Hamburgo levantarem os canecos. Contudo, em sua última temporada pelo clube, Oblak comandou a equipe que conquistou a Bundesliga para os Bávaros. No fim de sua carreira, Barnko rodou por equipes amadoras da Alemanha e da Áustria. Pela Seleção Iugoslava, o craque disputou a Copa do Mundo de 1974, quando seu país foi líder da primeira fase, mas perdeu para a campeã Alemanha logo na próxima fase. Oblak foi técnico de muitos clubes, em especial o Olimpija e a Seleção Eslovena.
7 - Zlatko Zahovič: Começou no Maribor, clube da sua cidade natal. Ao se alistar para o serviço militar, aos dezoito anos, foi descoberto por um ex-jogador do Partizan que recrutava bons valores para sua antiga equipe. Visando ganhar experiência, foi emprestado ao Proleter Zrenjanin, por uma temporada. Ao voltar, conquistou o Campeonato Iugoslavo da temporada 92/93, com boas atuações. Seu estilo de jogar, muito técnico e refinado, agradou os dirigentes do Vitória de Guimarães, que contrataram o craque. Fez três ótimos anos, fazendo treze gols e deixando seus companheiros em boas condições para finalizar. Com Zlatko no time, o Vitória conseguiu a vaga na Copa da UEFA por dois anos consecutivos. Na temporada 96/97, o craque esloveno acertou com o Porto. Começou a mudar um pouco sua característica, jogando como um segundo atacante e marcando mais gols do que dando assistências. Essa mudança fez muito bem ao jogador, que brilhou nos três títulos seguidos da Primeira Liga, conquistados pelo Porto, marcando 27 gols. Em 1999, resolveu trocar Portugal pela Grécia, defendendo as cores do Olympiacos. O valor pago foi cerca de 10 milhões de euros, e até hoje é o preço mais alto já desembolsado por um jogador esloveno. Nas suas primeiras catorze partidas, marcou sete gols e estava em ótima fase, porém a relação com o treinador Alberto Bigon começou a ficar ruim, e Zahovič abandonou o time no meio da temporada. O Valência resolveu comprar o jogador, investindo cerca de metade do que o Olympiacos teve de pagar para ter o meia-atacante. Pelo clube espanhol, foi um "reserva de luxo", entrando geralmente no segundo tempo dos jogos, quando o time estava com placar desfavorável. Esta situação revoltou o polêmico atleta, que seguidamente entrava em conflito com o treinador argentino Héctor Cúper, exigindo titularidade. Seu clube conseguiu chegar até a final da Champions League, porém foi derrotado pelo Bayern na final. Com o fim da temporada, voltou para Portugal, agora para jogar no Benfica. Suas primeiras temporadas pelo clube foram interessantes, fez gols e passes decisivos, tanto é que conquistou o Campeonato Português uma vez. Zlatko já não era mais um garoto e a sequência de jogos lhe trouxe lesões e problemas físicos, fazendo com que o time dispensasse o esloveno. Zahovič decidiu se aposentar em 2005, mas voltou a jogar em 2008, quando foi convidado por um clube da quinta divisão eslovena. Não disputou partidas pela Iugoslávia, contudo representou a Seleção Eslovena em 80 oportunidades, sendo o atleta que mais possui jogos pelo país. Disputou 63 minutos da Copa do Mundo de 2002, porque ao ser substituído pelo técnico Katanec, insultou o treinador e foi mandado para casa. Seu filho, Luka Zahovič, de dezenove anos, é uma das melhores promessas eslovenas da atualidade.
6 - Drazan Jerkovic: Artilheiro da Copa de 1962, na qual marcou cinco gols pela Iugoslávia e foi o grande nome da equipe que chegou à semi-final da competição. Também foi o artilheiro da primeira Eurocopa, disputada no ano de 1960. Jerkovic era um atacante de muita força e mobilidade, mas que ficou conhecido pelo seu grande poder de finalização. Possui uma das médias mais impressionantes de gols na história, somando 300 gols em 315 partidas disputadas pelo Dinamo Zagreb. Começou justamente no clube da capital croata, atuando de 1954 até 1965. Ainda participou de três partidas pelo clube belga La Gantoise, mas como já sofria com muitas lesões e as duras entradas adversárias, decidiu encerrar a carreira antes de completar 30 anos de idade. Assim que anunciou que não jogaria mais futebol, foi convidado para ser o técnico do Dinamo Zagreb. Também foi o treinou a Seleção Iugoslava e a Croata. Faleceu em 2008, aos 72 anos, devido a problemas cardíacos.
5 - Dejan Savićević: Este montenegrino foi um jogador incrível. Com sua canhotinha, era bom driblador, objetivo, veloz, e tinha um grande chute. As vezes chegava a ser um pouco fominha, mas a maioria de suas jogadas individuais terminava em gols. Tinha o estilo de jogo parecido com o de Denílson, porém melhorado. Seu primeiro clube foi o Budućnost Titogrado, time de sua cidade natal. Após seis anos de bom futebol, foi contratado pelo Estrela Vermelha. No clube da capital, foi ídolo e presenciou os melhores momentos da história do clube, na qual venceu a Liga dos Campeões de 1991, além de ser campeão iugoslavo três anos consecutivos. Marcou 55 gols em 77 partidas pelo clube sérvio, uma boa média. Em 1992, acertou transferência para o italiano Milan, brilhando ainda mais. Impressionada com o talento de Dejan, a torcida Rossonera logo apelidou-o de "Showman" e "Il Genio". Savićević conquistou três Scudettos e uma Liga dos Campeões pelo time de Milão, sendo o grande jogador da final da Champions de 1994, onde o Milan venceu o Barcelona de Romário por 4 a 0. No ano de 1999, já veterano, decidiu retornar ao seu país, firmando contrato com o Estrela Vermelha novamente. Inesperavelmente, após disputar apenas três jogos, anunciou que iria se transferir para o Rapid Viena, onde encerrou sua carreira em 2001. O atacante jogou as Copas de 1990 e 1998, defendendo a Iugoslávia, Como técnico, dirigiu a Seleção Iugoslava e a Seleção Sérvia. Desde 2004, é o presidente da Associação de Futebol de Montenegro.
4 - Dragan Džajić: Um jogador que chegou a ser admirado pelo Rei Pelé, que chamou-o de "Mago do futebol". Apesar de ser um grandalhão desengonçado, este canhoto era muito habilidoso, driblador, bom cobrador de faltas e distribuía belos passes e lançamentos. Jogava como ponta esquerda, costumando levar a bola para linha de fundo para cruzar ou cortar para o meio, buscando a finalização. É o maior ídolo do Estrela Vermelha, maior clube sérvio, sendo também o atleta com mais partidas disputadas pelo time, com 615 presenças, além de maior artilheiro, com 370 gols. Foi campeão do Campeonato Sérvio em cinco oportunidades, assim como eleito melhor jogador do torneio. Também foi jogador do Bastia da França, mas não conseguiu vencer competições pela equipe. Pela Seleção Iugoslava, Džajić disputou a Euro de 1968, na qual foi artilheiro, e a Copa do Mundo de 1974. Somou 85 jogos e 23 gols anotados. Logo após se aposentar, no ano de 1978, Dragan assumiu a diretoria administrativa do Estrela Vermelha. Vinte anos depois, foi eleito presidente do clube, permanecendo no posto até 2004, quando renunciou devido a problemas de saúde. Nas eleições de 2012, Džajić concorreu e foi eleito presidente do clube pela terceira vez, e seu mandato poderá ser renovado este ano.
3 - Predrag Mijatović: Jogador com poder de finalização extraordinário, tinha uma facilidade incrível para fazer golaços e colocar a bola aonde queria, tanto é que marcou vários gols do meio do campo. Também era muito veloz, tinha bom cabeceio e cobrava faltas como poucos, Nasceu em Titograd, cidade montenegrina que hoje se chama Podgorica e é a capital do país. Começou no Buducnost, clube local, jogando como um camisa 10 por dois anos. Seu grande talento o levou para o Partizan, onde já como atacante, ficou por quatro anos e conquistou um Campeonato Iugoslavo. Mijatović atraiu o interesse de muitas equipes grandes da Europa, mas foi o Valência que venceu a concorrência pelo craque. Com o montenegrino na equipe, o Valência não conquistou títulos, mas fez frente aos maiores clubes do país, Barcelona e Real Madrid, conseguindo o vice campeonato espanhol na temporada 95/96, que teve Predrag como melhor jogador do campeonato. Suas atuações pelo clube foram incríveis, marcando gols antológicos e decidindo jogos com seu poder de finalização. Tornou-se um dos maiores ídolos da história da equipe. Em 1997, trocou de clube, mas continuou na Espanha, acertando com o Real Madrid. Logo na sua primeira temporada, foi campeão do Campeonato Espanhol, sendo um dos melhores da competição, e ainda concorreu a Bola de Ouro 1997, ficando em segundo lugar. O ano seguinte foi novamente de glórias para o atacante, fazendo o gol do título do Real Madrid na UEFA Champions League 97/98, diante da Juventus. Em sua última temporada pelo Real, Mijatović começou a perder espaço para o garoto Morientes, ficando no banco em boa parte do ano. Querendo jogar, resolveu sair do clube e assinar contrato com a Fiorentina, contudo lesões atrapalharam a sequência de jogos do iugoslavo, que teve de ver a dupla Chiesa e Batistuta jogar no ataque da Viola. Com a saída de Batistuta, que foi para a Roma, na temporada seguinte, esperava-se que Mijatović finalmente mostrasse seu grande futebol pela equipe de Florença, mas as lesões o incomodaram ainda mais e o atleta pode jogar apenas treze vezes na Série A. No ano seguinte, com uma equipe muito fraca tecnicamente, a Fiorentina caiu para a Série B. Predrag ainda jogou no Levante antes de encerrar sua carreira. Pela Seleção Iugoslava, foi campeão do Mundial sub-20 em 1987, jogou a Copa do Mundo de 1998, na França, a Eurocopa de 2000, marcando 25 gols em 68 jogos. Também esteve em campo pela Sérvia e Montenegro em cinco oportunidades.
5 - Dejan Savićević: Este montenegrino foi um jogador incrível. Com sua canhotinha, era bom driblador, objetivo, veloz, e tinha um grande chute. As vezes chegava a ser um pouco fominha, mas a maioria de suas jogadas individuais terminava em gols. Tinha o estilo de jogo parecido com o de Denílson, porém melhorado. Seu primeiro clube foi o Budućnost Titogrado, time de sua cidade natal. Após seis anos de bom futebol, foi contratado pelo Estrela Vermelha. No clube da capital, foi ídolo e presenciou os melhores momentos da história do clube, na qual venceu a Liga dos Campeões de 1991, além de ser campeão iugoslavo três anos consecutivos. Marcou 55 gols em 77 partidas pelo clube sérvio, uma boa média. Em 1992, acertou transferência para o italiano Milan, brilhando ainda mais. Impressionada com o talento de Dejan, a torcida Rossonera logo apelidou-o de "Showman" e "Il Genio". Savićević conquistou três Scudettos e uma Liga dos Campeões pelo time de Milão, sendo o grande jogador da final da Champions de 1994, onde o Milan venceu o Barcelona de Romário por 4 a 0. No ano de 1999, já veterano, decidiu retornar ao seu país, firmando contrato com o Estrela Vermelha novamente. Inesperavelmente, após disputar apenas três jogos, anunciou que iria se transferir para o Rapid Viena, onde encerrou sua carreira em 2001. O atacante jogou as Copas de 1990 e 1998, defendendo a Iugoslávia, Como técnico, dirigiu a Seleção Iugoslava e a Seleção Sérvia. Desde 2004, é o presidente da Associação de Futebol de Montenegro.
4 - Dragan Džajić: Um jogador que chegou a ser admirado pelo Rei Pelé, que chamou-o de "Mago do futebol". Apesar de ser um grandalhão desengonçado, este canhoto era muito habilidoso, driblador, bom cobrador de faltas e distribuía belos passes e lançamentos. Jogava como ponta esquerda, costumando levar a bola para linha de fundo para cruzar ou cortar para o meio, buscando a finalização. É o maior ídolo do Estrela Vermelha, maior clube sérvio, sendo também o atleta com mais partidas disputadas pelo time, com 615 presenças, além de maior artilheiro, com 370 gols. Foi campeão do Campeonato Sérvio em cinco oportunidades, assim como eleito melhor jogador do torneio. Também foi jogador do Bastia da França, mas não conseguiu vencer competições pela equipe. Pela Seleção Iugoslava, Džajić disputou a Euro de 1968, na qual foi artilheiro, e a Copa do Mundo de 1974. Somou 85 jogos e 23 gols anotados. Logo após se aposentar, no ano de 1978, Dragan assumiu a diretoria administrativa do Estrela Vermelha. Vinte anos depois, foi eleito presidente do clube, permanecendo no posto até 2004, quando renunciou devido a problemas de saúde. Nas eleições de 2012, Džajić concorreu e foi eleito presidente do clube pela terceira vez, e seu mandato poderá ser renovado este ano.
3 - Predrag Mijatović: Jogador com poder de finalização extraordinário, tinha uma facilidade incrível para fazer golaços e colocar a bola aonde queria, tanto é que marcou vários gols do meio do campo. Também era muito veloz, tinha bom cabeceio e cobrava faltas como poucos, Nasceu em Titograd, cidade montenegrina que hoje se chama Podgorica e é a capital do país. Começou no Buducnost, clube local, jogando como um camisa 10 por dois anos. Seu grande talento o levou para o Partizan, onde já como atacante, ficou por quatro anos e conquistou um Campeonato Iugoslavo. Mijatović atraiu o interesse de muitas equipes grandes da Europa, mas foi o Valência que venceu a concorrência pelo craque. Com o montenegrino na equipe, o Valência não conquistou títulos, mas fez frente aos maiores clubes do país, Barcelona e Real Madrid, conseguindo o vice campeonato espanhol na temporada 95/96, que teve Predrag como melhor jogador do campeonato. Suas atuações pelo clube foram incríveis, marcando gols antológicos e decidindo jogos com seu poder de finalização. Tornou-se um dos maiores ídolos da história da equipe. Em 1997, trocou de clube, mas continuou na Espanha, acertando com o Real Madrid. Logo na sua primeira temporada, foi campeão do Campeonato Espanhol, sendo um dos melhores da competição, e ainda concorreu a Bola de Ouro 1997, ficando em segundo lugar. O ano seguinte foi novamente de glórias para o atacante, fazendo o gol do título do Real Madrid na UEFA Champions League 97/98, diante da Juventus. Em sua última temporada pelo Real, Mijatović começou a perder espaço para o garoto Morientes, ficando no banco em boa parte do ano. Querendo jogar, resolveu sair do clube e assinar contrato com a Fiorentina, contudo lesões atrapalharam a sequência de jogos do iugoslavo, que teve de ver a dupla Chiesa e Batistuta jogar no ataque da Viola. Com a saída de Batistuta, que foi para a Roma, na temporada seguinte, esperava-se que Mijatović finalmente mostrasse seu grande futebol pela equipe de Florença, mas as lesões o incomodaram ainda mais e o atleta pode jogar apenas treze vezes na Série A. No ano seguinte, com uma equipe muito fraca tecnicamente, a Fiorentina caiu para a Série B. Predrag ainda jogou no Levante antes de encerrar sua carreira. Pela Seleção Iugoslava, foi campeão do Mundial sub-20 em 1987, jogou a Copa do Mundo de 1998, na França, a Eurocopa de 2000, marcando 25 gols em 68 jogos. Também esteve em campo pela Sérvia e Montenegro em cinco oportunidades.
2 - Davor Šuker: Artilheiro do Campeonato Sérvio de 1989 e da Copa do Mundo de 1998, Šuker conhecia muito bem o caminho do gol. Foi um atacante que raramente desperdiçava gols e chutava com as duas pernas. Nascido em Osijek, começou no modesto time da cidade, onde ficou famoso pelos belos gols, o drible curto e a artilharia de 89. Foi para o Dinamo Zagreb, sendo vice campeão iugoslavo dois anos seguidos. Com a guerra de separação da Croácia e seu eminente talento, Davor soube escolher o momento certo de trocar de país. Foi para o Sevilla, fazendo cinco grandes temporadas de ótimo futebol. Brigou pela artilharia do Campeonato Espanhol em todos os anos e apesar de não conquistar títulos pelo clube, foi ídolo. Seus gols de incrível plasticidade e oportunismo, fizeram com que o Real Madrid levasse-o para capital. A negociação envolveu o também iugoslavo Petkovic, grande promessa europeia do momento, que estava na lista de jogadores para serem emprestados pelo Real. Pelos Merengues, o atacante fez uma primeira temporada sensacional, marcando 24 gols na Liga Espanhola e conquistando a mesma. No ano seguinte, lesões atrapalharam o início da temporada de Šuker, que ficou a maior parte do tempo no banco de reservas. Mesmo assim, participou do grupo que conquistou a Champions League. Foi descartado pelo clube madrilenho com o fim da temporada, mas ao fazer uma excelente e surpreendente Copa de 1998 com a Croácia, onde conduziu seu país à terceira colocação, foi reintegrado ao clube merengue. Contudo, novamente passou um ano no banco de reservas, e com isso resolveu mudar-se para Londres, indo jogar no Arsenal. Já mostrando sinais de fim de carreira, Šuker foi reserva do time, onde não teve grandes atuações, mas fez alguns gols bonitos e importantes para os Gunners. Ainda jogou pelo West Ham e Munique 1860. Pela Iugoslávia, Davor conquistou o Mundial sub-20 de 1987, sendo um dos craques da competição. No ano seguinte, integrou o elenco que disputou as Olimpíadas. Em 1990, foi para a Copa de 1990, mas nem chegou a entrar em campo. Com a Seleção Croata, jogou a Eurocopa de 1996, marcando três gols. Como comentado, brilhou na Copa de 1998 e tornou-se o grande nome do futebol do país. Participou do Mundial de 2002, mas assim como seus compatriotas, foi mal e se despediu na primeira fase. Marcou 45 gols em 69 jogos pela Croácia, sendo até hoje o maior goleador do país.
1 - Siniša Mihajlović: Eis o zagueiro mais técnico e completo que já vi jogar. Ótimo marcador, saia jogando com uma qualidade técnica absurda, dava passes e lançamentos para os atacantes e ainda era um exímio cobrador de faltas (recordista de gols de falta da história da Série A italiana). Filho de pai sérvio e mãe croata, nascido em uma cidade pertencente a Croácia, optou pela nacionalidade sérvia após a separação da Iugoslávia. Iniciou sua trajetória no Vojvodina, onde jogou por três temporadas, venceu um Campeonato Iugoslavo e já se destacava pela grande quantidade de gols marcados em bolas paradas, assim como sua personalidade forte e sua raça. Foram nada menos que 20 gols em 73 partidas, jogando como lateral esquerdo e volante. No ano de 1991, foi para o Estrela Vermelha, time pelo qual conquistou uma Liga dos Campeões com a grande geração iugoslava, marcando dez gols em 38 jogos pelo clube. No ano seguinte, foi contratado pela Roma e adaptado à função de zagueiro. Saiu do clube da capital italiana em 1994, indo para a Sampdoria. Ficou por quatro anos no clube, fazendo boas campanhas no campeonato nacional e conquistando a torcida com seus golaços em cobranças de falta. Em 98, voltou para Roma, mas desta vez para jogar na rival do seu ex-clube, a Lazio. Viveu sua melhor fase pelo time, fazendo grandes temporadas, 22 gols e sendo campeão da Série A italiana 1999/2000 e da Copa da UEFA 1998/1999. Fez grande amizade com Roberto Mancini, que foi colega de Siniša como jogador e treinador. Quando Mancini assumiu a comissão técnica da Inter de Milão, levou Mihajlović para o clube. Ficou dois anos no clube de Milão, conquistando sua segunda Série A e anunciando a aposentadoria em 2006. No ano seguinte, já era auxiliar técnico de seu amigo italiano, aprendendo com ele a comandar um time fora do campo. Atualmente, o sérvio é técnico da Sampdoria, mas já treinou Bologna, Catania, Fiorentina e a Seleção Sérvia. Esteve em campo pela Iugoslávia na Copa de 1998, marcando um gol contra o Irã, e na Eurocopa de 2000. Foram 62 internacionalizações e onze gols anotados. Pela Seleção Sérvia, disputou apenas uma partida.
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