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Top 10 Melhores Jogadores da História do Peru

10 - Nolberto Solano: Dono de um estilo de jogar simples e eficaz, Solano foi um meia talentoso, reunindo técnica, passes precisos, bons chutes e marcação. Iniciou no Sporting Cristal em 1992, ganhando prêmio de revelação já em seu primeiro ano como profissional. Foi campeão do Campeonato Peruano em três oportunidades: 1994, 1995 e 1996. Com o incrível destaque obtido nas competições nacionais e continentais, transferiu-se para o Boca Júniors, fazendo uma boa temporada. Na sequência, foi para o Newcastle, onde se tornou um grande ídolo. Em seus seis anos na clube inglês, Solano marcou belíssimos gols e foi o jogador que mais deu assistências no período, principalmente para o artilheiro Alan Shearer. Na temporada 2004/2005, foi emprestado para o Aston Villa, tendo boas atuações e sendo desejado pelo clube, mas o Newcastle queria seu ídolo de volta e ele retornou para jogar mais dois anos. Já veterano, Nolberto jogou por West Ham, Larissa (Grécia), Universitário (Peru), Leicester e Hull City, anunciando sua aposentadoria dos gramados em 2011. Solano foi considerado o melhor cobrador de faltas do mundo no ano de 2006. Com a Seleção Peruana, o ex-meia tem vinte gols anotados em 95 partidas. No momento, Solano é técnico de futebol e já comandou as equipes do Universitário, José Galvez e Inter de Toronto. 


9 - Jefferson Farfán: Com um início de carreira triunfante, foi campeão com o Alianza Lima já em sua primeira temporada como profissional em 2001. No ano seguinte, foi eleito a revelação do Campeonato Peruano e em 2003 e 2004 foi novamente campeão deste torneio, assim como o melhor jogador das competições. Muito acima da média no seu país, destacando-se ser muito veloz, técnico e um bom finalizador, foi vendido ao PSV por dois milhões de euros. Na Holanda, Farfán brilhou sagrando-se quatro vezes campeão do Campeonato Holandês, em quatro temporadas disputadas. O peruano também foi peça chave na Copa da Holanda 2004/2005. Em 2008, o atleta assinou contrato com o Schalke 04, pelo valor de dez milhões de euros. Farfán foi ídolo em Gelsenkirchen, disputando mais de 200 jogos pelo clube. Mostrou ser um jogador de "jogos grandes" decidindo clássicos com belos gols. Após sete anos na Alemanha, onde foi vencedor da Copa da Alemanha 2010/2011, teve seu contrato finalizado com o Schalke e acertou com o Al-Jazira dos Emirados Árabes, onde atua no momento. Com a sua Seleção, Jefferson soma 73 partidas e tem 22 gols anotados. 


8 - Roberto Palacios: Recordista de atuações pela Seleção Peruana, com 128 partidas disputadas. Palacios nunca se destacou por marcar muitos gols, era um meia que gostava de cadenciar o jogo e dar passes lhe deixava mais contente do que marcar gols. Foi um meia central de extrema técnica e visão de jogo, mas que também possuía chutes certeiros. Iniciou sua trajetória em 1991, pelo Sporting Cristal, o seu time do coração. Em seis anos no clube de Lima, o meia conquistou quatro vezes o Campeonato Peruano, e em três desses títulos foi considerado o craque da competição. Com uma ótima proposta financeira, Roberto transferiu-se para o Puebla, não conseguindo ter o mesmo sucesso. Com o título da Libertadores de 1997, o Cruzeiro conseguiu o empréstimo de Palacios para que ele integrasse o grupo que disputou o Mundial de Clubes. Após a rápida passagem pela Raposa, o peruano retornou ao México para vestir as cores do Tecos. Depois de três boas temporadas na equipe mexicana, ficou com saudades de sua terra natal e voltou para o Sporting Cristal, ficando uma temporada por empréstimo e conquistando a primeira divisão peruana novamente. Ao voltar para o México, jogou no Morelia e no Atlas. Em 2004 teve uma breve passagem pelo Deportivo Cali, mas sem desempenhar um futebol ao seu nível, trocou o clube colombiano pelo LDU, time pelo qual jogou os anos de 2005 e 2006, sagrando-se campeão equatoriano. Por fim, já veterano, acertou seu retorno ao Sporting Cristal, onde disputou seus últimos quatro anos de carreira, que foi encerrada em 2011. 


7 - Héctor Chumpitaz: Um zagueiro de muita categoria, que sabia bater faltas e cabecear muito bem, atributos que lhe fizeram marcar muitos gols na carreira. Além disso, era um líder nato, sendo o capitão da maior conquista da Seleção Peruana, a Copa América 1975. Esteve também nas Copas do Mundo de 1970 e 1978, realizando mais de 100 jogos com a seleção de seu país. Começou no Deportivo Municipal, mas ganhou grande destaque no Universitário, time pelo qual jogou onze anos, venceu cinco vezes o Campeonato Peruano e atuou em mais de 200 partidas. Teve duas boas temporadas no México, jogando pelo Atlas, mas depois retornou ao Peru para jogar no Sporting Cristal e conquistar mais três vezes a maior competição de clubes de seu país. Após anunciar a aposentadoria em 1984, tornou-se técnico de futebol, comandando o Sporting Cristal e mais recentemente o Deportivo Municipal.


6 - Paolo Guerrero: Nascido em Lima, Guerrero destacou-se aos quinze anos de idade pelo Alianza Lima, marcando mais de 200 gols atuando nas categorias de base. Com a boa impressão que deixou aos olheiros e com a indicação de Cláudio Pizarro, Paolo foi contratado pelo Bayern em 2002. Continuou a marcar muitos gols nos times da base e no time de reservas do clube de Munique, conseguindo sua primeira chance no time principal em 2004. Tendo poucas oportunidades e sendo desejado por muitos clubes, foi vendido ao Hamburgo, onde teve um ótimo desempenho, chegando a marcar 29 gols em 34 partidas na temporada 2007/2008. Guerrero seguiu como titular e um dos favoritos da torcida até 2012, quando teve lesões e uma queda na sua produtividade em campo. No mesmo ano, assinou contrato com o Corinthians, que tinha acabado de ser campeão da Libertadores e disputaria o Mundial de Clubes. Foi o grande nome do Timão na competição, marcando o gol da vitória sobre o Al-Ahly na semi-final e novamente sobre o Chelsea na final da competição, dando ao time paulista o maior título da sua história. Com ótimas atuações, rapidamente se tornou ídolo do "Bando de Loucos" e bateu recordes, como o de atleta estrangeiro com maior número de gols pelo Corinthians, 54 para ser mais preciso. Em boa fase, exigiu um grande aumento de salário para renovar seu contrato, mas a diretoria do Timão não aceitou suas reivindicações e ele transferiu-se para o Flamengo. Teve um fraco desempenho em 2015, sofrendo com lesões, mas está tendo um grande início neste ano. Pela Seleção Peruana, Guerrero já é o atleta que mais marcou gols na história, juntamente de Cubillas, mas com 32 anos e muitas competições e convocações pela frente, vai superar o maior jogador da história do Peru dentro de poucos meses. Paolo também foi o artilheiro das últimas duas Copa América. 


5 - César Cueto: Dono de uma visão de jogo e uma habilidade fora do comum, driblava com extrema facilidade seus adversários. Seu estilo de jogar futebol lembrava muito o de Valderrama, guardadas as devidas proporções. Seu apelido era "El poeta de la Zurda" (O poeta da canhota). Nascido na capital Lima, começou no Alianza, mas seu primeiro ano de destaque foi no Deportivo Municipal. Retornou ao Alianza Lima em 1975, conquistando o Campeonato Peruano e sendo o melhor atleta do torneio. Jogou por mais três anos no seu time de coração e sagrou-se campeão novamente em 1977 e 1978. Na temporada seguinte, foi contratado pelo Atlético Nacional, onde teve grande notabilidade, encantando os fãs colombianos e vencendo o Campeonato Colombiano 1981. Em 1984, trocou o Atlético pelo América de Cali, onde novamente foi campeão nacional. Retornou ao Peru em 1989 para atuar seus três últimos anos no Alianza e tornar-se um dos maiores ídolos e jogadores da história do clube. Pela Seleção Peruana, Cueto teve 51 internacionalizações e seis gols anotados. Foi peça chave na conquista da Copa América 1975 e disputou as Copas de 1978 e 1982.


4 - Cláudio Pizarro: Maior artilheiro estrangeiro da história da Bundesliga. Pizarro começou sua carreira no Deportivo Pesquero, pequeno clube peruano. Transferiu-se para o Alianza Lima, onde ganhou destaque por ser um atacante muito forte, veloz e por ter grande facilidade em marcar gols. Defendeu o clube da capital por um pouco mais de um ano e marcou 25 gols. O Werder Bremen acreditou que o atacante se encaixasse no perfil do futebol alemão e contratou-o por um baixo valor em 1999. Ganhou o prêmio de revelação da Bundesliga em sua primeira temporada e após encantar a torcida do clube, chamou a atenção do gigante Bayern, acertando contrato. Fez excelentes duplas de ataque com Élber e Santa Cruz, marcando gols em belíssimas finalizações e conquistando três vezes a Bundesliga. Ao fim da temporada 2006/2007, o contrato do peruano expiraria e ao negociar com o time alemão, Cláudio pediu um valor muito alto, sendo então descartado pela equipe. Sem custos, assinou com o Chelsea, onde teve poucas oportunidades, já que não agradava o treinador israelita Avram Grant. Desta forma, deixou o clube inglês após marcar apenas dois gols. Visando recuperar seu bom futebol, retornou ao Werder, conquistando a Copa da Alemanha 2009/2010 assim que chegou ao time de Bremen. A grande quantidade de gols marcados pelo peruano fizeram com que o Bayern investisse novamente em seu futebol na temporada 2012/2013. Tornou-se um reserva de luxo do grande elenco Bávaro, marcando gols e participando muito bem das jogadas de ataque com Müller, Robben, Ribery e cia. Esteve em mais títulos do Campeonato Alemão, da Liga dos Campeões 2012/2013 e do Mundial de Clubes 2013. Aos 37 anos, Pizarro está na sua terceira passagem pelo Werder Bremen e continua com uma ótima média de gols. Com a Seleção Peruana, nunca teve a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo, mas obteve boas aparições nas eliminatórias para Copa do Mundo em Copa América. Com 82 atuações, marcou 20 gols.


3 - Hugo Sotil: Veloz, habilidoso e um grande finalizador, estas foram as características que fizeram "El Cholo" ser dupla de ataque com Cruyff no Barcelona. Começou no Deportivo Municipal, seu clube de coração, onde teve um início meteórico ao ser o grande nome da conquista da segunda divisão peruana em 1968. Após ter boas aparições no clube e na sua seleção, recebeu uma proposta do Barcelona, transferindo-se para o clube em 1973. Ao ter atuações exuberantes, principalmente no clássico diante do Real Madrid, no qual terminou 5x0 para o clube catalão, ajudou sua equipe ser campeã do Campeonato Espanhol 1973/1974. Recebeu elogios de jogadores de todo o mundo, principalmente pela imprevisibilidade de suas jogadas, desconcertando zagas, e por conseguir realizar grandes jogadas em curtos espaços. Em 1977, com saudades de seu país, retornou para acertar contrato com o Alianza Lima, onde jogou dois anos e conquistou duas vezes o Campeonato Peruano, tendo Cubillas como seu parceiro de ataque. Por fim, ainda jogou no Independiente de Medelín, no Deportivo Municipal, nos Espartanos e Deportivo Junín, encerrando seu ciclo no futebol em 1986. Nos seus últimos dez anos como atleta, Sotil teve problemas com o álcool, fato que não lhe permitiu ter uma carreira mais extensa. Pela Seleção Peruana, "El Cholo" disputou 62 partidas, tendo grande destaque na conquista da Copa América 1975 e nas Copas de 1970 e 1978.


2 - Teodoro Fernández: Este foi o primeiro craque peruano, grande nome da primeira conquista da Seleção Peruana, o Campeonato Sul-Americano de 1939. Nesta competição, Fernández, também conhecido como "Lolo", foi eleito o melhor jogador da competição e artilheiro com sete gols anotados. Um antigo jornalista chileno, Pancho Alsina, descreveu Teodoro assim: "Suas condições naturais eram ótimas: chutes muito fortes com ambos os pés, cabeçadas privilegiadas, visão de jogo e capacidade de virar as jogadas com passes longos e precisos para as pontas do campo, coragem para entrar na área adversária, encarando os defensores, força para não sentir as duras entradas dos adversários, um futebol simples, objetivo e bonito". Lolo atuou por 23 anos no Universitário, tornando-se uma lenda para os torcedores e para o clube, na qual é considerado o melhor jogador de sua história e o maior artilheiro, com 156 gols marcados. Sagrou-se campeão peruano nos anos de 1934, 1939, 1941, 1945, 1946 e 1949 e foi artilheiro desta competição por sete vezes. Pela Seleção Peruana, Fernández possui uma ótima média de gols, 24 em 32 atuações. Faleceu em 1996, aos 83 anos de idade.



1 - Teófilo Cubillas: Conhecido como "Pelé Peruano", Cubillas é o melhor jogador de seu país de todos os tempos. Era um atacante completo, que também podia jogar como meia ou até ponta, sabendo chutar com os dois pés, driblar, dar bons passes, cabecear, além de ser muito veloz. Nasceu em Lima, no ano de 1949, e era um apaixonado por futebol desde criança, sempre acompanhando seu clube de coração, o Alianza Lima. Logo aos dezessete anos, foi lançado no time profissional do Alianza, sendo artilheiro do Campeonato Peruano com 19 gols. Recebeu suas primeiras convocações para a Seleção Peruana no mesmo ano, e sem titubear, marcou os dois gols da vitória do Peru sobre a Colômbia por 2x1. Na Copa de 1970, Teófilo foi o grande nome da equipe peruana, que chegou até as quartas de final da competição e deu muito trabalho ao grande time do Brasil, que venceu o Peru por 4x2, mas sofreu um belo gol marcado por Cubillas (o atacante balançou as redes cinco vezes na competição). Após a Copa, teve notáveis atuações pelo Alianza até receber uma proposta do Basel. Na Suíça, o peruano sofreu com o frio e a língua, mas mesmo assim marcou gols importantes. Em seguida, trocou o Basel pelo Porto, onde brilhou intensamente com dois anos de ótimo futebol praticado e muitos gols, porém não conseguiu levantar títulos em Portugal. Se não conseguiu títulos com o Porto, conseguiu triunfar na maior conquista do futebol peruano, a Copa América de 1975, na qual também recebeu o prêmio de melhor jogador. Nos anos de 1977 e 1978, Teófilo obteve grande êxito ao fazer ótima dupla de ataque com Sotil e ao conquistar dois Campeonatos Peruano. Na Copa de 1978, Cubillas novamente foi "o cara" do peru, marcando mais cinco gols, mas desta vez seu país caiu na primeira fase. Em seguida, acertou com o FL Strikers, desfilando sua técnica nos gramados dos Estados Unidos. Foram mais dois títulos para seu enorme currículo na América do Norte, além de conquistar muitos fãs em um país que estava "abraçando" o futebol. Teófilo também disputou o Mundial de 1982, mas dessa vez teve fraca atuação, assim como todo o time peruano, que foi "saco de pancadas" no torneio. Por fim, retornou ao Alianza em 1987 para uma temporada de despedida dos gramados.